Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Derrubado pela inflação, Biden tenta reagir com mais exposição

Americano enfrenta 'marco sombrio' de ter a pior avaliação dos 13 presidentes da 'era das pesquisas', nos 500 dias de mandato

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O New York Times manteve no alto, ao longo do dia, a projeção do Banco Mundial de "crescimento engasgado em meio à inflação" e também a defesa, pela secretária do Tesouro de Joe Biden, dos "gastos pandêmicos, enquanto inflação persiste".

Janet Yellen havia admitido dias antes à CNN seu "erro" ao afirmar, no ano passado, que a inflação nos EUA era temporária e se devia a outros problemas, não aos gastos com "estímulo" que ela tanto defendeu, para a economia reagir pós-pandemia.

Com isso, ela "deixou o governo Biden na defensiva", diz o jornal, refletindo a preocupação em torno do presidente americano desde o "marco sombrio", na expressão de Bloomberg e Washington Post, nas pesquisas da semana passada:

"Sua popularidade caiu para o último lugar: dos 13 presidentes da era das pesquisas, nenhum esteve em situação pior neste momento de seu primeiro mandato, 500 dias na presidência, do que a taxa de aprovação de 40,5% de Biden."

Reportagens por NBC, CNN e Politico vêm descrevendo como ele agora "quer sair mais", frustrado por "estar em posição pior que Trump". Daí assinar artigos no Wall Street Journal e NYT e posar com o grupo de k-pop BTS para mídia social, no Salão Oval (acima).

Também a entrevista para o talk show de Jimmy Kimmel, marcada para esta quarta (8) na ABC. Como em tudo, o alvo é a eleição de meio de mandato, daqui a cinco meses, que vem ameaçando acabar com as maiorias governistas no Congresso.

Seu partido faz o mesmo caminho. "Democratas veem audiências televisionadas como forma de destacar revelações de 6 de Janeiro", noticiou o NYT, sobre o início das transmissões da comissão de maioria governista, nesta quinta (9).

A Fox News, maior canal de notícias, já avisou que não vai passar.

DA CÚPULA À CARAVANA

A Cúpula das Américas vai perdendo presidentes, agora o uruguaio, com Covid, mas o que importa é o mexicano Andrés Manuel López Obrador, que confirmou que não vai, "em golpe para Biden", no destaque do NYT.

Derrubou a chance de "qualquer acordo substancial sobre imigração, que a Casa Branca enfatizou como tópico-chave para o encontro".

Pior, mexicanos como La Jornada cobrem e a Fox News já explora uma nova caravana de imigrantes que saiu da fronteira da Guatemala com o México, em direção aos EUA, com cerca de dez mil e crescendo.

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