"A situação aqui é ruim o suficiente. Não precisa exagerar." É o correspondente do Washington Post, Terrence McCoy, tentando reagir às mensagens em mídia social nos EUA, com erros sobre o Brasil, inclusive de Eric Feigl-Ding, referência em saúde pública.
McCoy tem chamado especial atenção para os problemas da divulgação de estudos preliminares sobre a variante brasileira.
Por outro lado, o Wall Street Journal destacou um deles, que "sugere limites da vacina chinesa", que "poderia não ser tão efetiva". O "estudo em pequena escala, que ainda precisa ser revisado, levantou que o plasma de oito pessoas vacinadas cinco meses atrás 'falhou em neutralizar eficientemente' a cepa amazônica".
No final do texto, o próprio jornal ouve do epidemiologista Carlos Fortaleza, da Unesp, que "resultados preliminares deveriam ser divulgados com cuidado".
ANGLO-SAXÕES
O mesmo WSJ deu a manchete "Russos montam campanha contra vacinas ocidentais, dizem EUA", destacando a reprodução, na Rússia, de informações veiculadas nos jornais ocidentais sobre efeitos colaterais. E dá o outro lado irônico, do porta-voz do Kremlin:
"Se tratássemos cada publicação negativa contra a Sputnik V como resultado dos serviços [de inteligência] americanos, iríamos enlouquecer, porque é o que vemos todo dia, toda hora, em todos os meios anglo-saxões."
DISPOSTO
Lula concedeu entrevista à edição de domingo do espanhol El País (acima), com a chamada "A política é o meu DNA, só quando eu morrer é que vou parar de fazer isso". No destaque do jornal:
"O ex-presidente brasileiro Lula da Silva não dá o braço a torcer. Depois de superar o coronavírus, o câncer e o cárcere, afirma que, se vencer a batalha judicial contra a inelegibilidade, estaria disposto a concorrer às eleições de 2022 e a enfrentar Bolsonaro."
MAL-ESTAR
Em extensa análise, o Financial Times descreve como "em nenhum lugar a sensação de mal-estar no Brasil é sentida com mais força que no Rio, onde tanto a cidade quanto o estado que compartilha o nome estão enfrentando crise profunda".
Aponta, na verdade, "crises sobrepostas", das dívidas financeiras à criminalidade violenta, culminando com a pandemia.
MAIS E MAIS CONTÊINERES DA CHINA
Destaque de domingo no indiano Economic Times, no japonês Nikkei (com a foto acima, do porto de Xangai) e no chinês Caixin, "Exportações da China atingem o maior pico em décadas".
Segundo o WSJ, o salto chinês de 60,6% no início de 2021, em relação a um ano antes, se deve em parte às "medidas de estímulo nos EUA", que vão crescer agora, com a aprovação de pacote democrata ainda maior.
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