Começando pelo Le Monde (acima), a cobertura europeia joga o foco sobre o negacionismo de denominações evangélicas no Brasil. No segundo enunciado do jornal francês, "Pastores pentecostais se recusam a fechar igrejas apesar do risco de contaminação".

O texto abre com um culto da igreja de Silas Malafaia na Penha, zona norte do Rio, que ele foi depois forçado a fechar, "relutantemente". E cita entre os pastores que se destacam pelo "coronaceticismo" o "patrono" da Igreja Universal, Edir Macedo, e o deputado Marco Feliciano.

Tanto Le Monde como o inglês Financial Times (imagem abaixo) ouvem Feliciano, mas o segundo traz reportagem mais ampla, mobilizando correspondentes também na África do Sul e na Nigéria. No título, "Igrejas desafiam restrição no Brasil e na África".

No segundo enunciado, "Congregações arriscam acelerar surto de Covid-19 no momento em que pandemia se transfere aos emergentes".

O texto abre descrevendo um culto no Tempo de Salomão, da Universal, em que os fiéis "beijam reconstrução do Arco da Aliança". E sublinha que, ao contrário dos muçulmanos Irã e Arábia Saudita, no Brasil, na Tanzânia e noutros a liberação dos templos tem apoio dos governantes.

O FT ouve de Eliane Morais, da UFRJ: "Bolsonaro está sujeitando a política de saúde pública a laços políticos com algumas igrejas evangélicas, com grande dano à saúde dos brasileiros." O jornal registra que o brasileiro "foi criado como católico, mas rebatizado como evangélico no rio Jordão, em Israel".

BOLSONARO DIÁRIO

No argentino Clarín, "Bolsonaro compara vírus com chuva". No Wall Street Journal, "'Voltem ao trabalho': Bolsonaro recusa riscos do coronavírus mortal no Brasil". No engajado inglês The Canary, "Bolsonaro está levando o Brasil à catástrofe".

E na charge da Economist desta semana, "Brasileiros! Venham para fora!! Um pouco de chuva não vai fazer mal a vocês!!":