Foi editora do Painel.
Perda total
N�o d� para antecipar o placar da elei��o para a presid�ncia da C�mara neste domingo (1/2), mas � absolutamente poss�vel ensaiar um diagn�stico: o governo Dilma Rousseff tende a perder em qualquer caso.
Hoje o mais influente congressista em Bras�lia, Eduardo Cunha, do PMDB, n�o perdoar� o Pal�cio do Planalto se perder a disputa. Ele sabe que Dilma escalou seus batedores para derrot�-lo a qualquer custo.
Claro que a derrota de um candidato indigesto demonstraria for�a do Executivo, al�m do efeito pedag�gico de evitar novos rebeldes no front da base aliada, de onde o pr�prio Cunha saiu.
O problema, nesse caso, seria o rebote.
Ao longo dos �ltimos anos, o peemedebista ergueu uma bancada particular com mais de 100 deputados de diversos partidos que rezam sua cartilha. E � capaz de atrair outros tantos dependendo da agenda e do n�vel de insatisfa��o com a presidente da Rep�blica. A vingan�a, portanto, viria de uma forma ou de outra.
Mas, se o deputado vencer, o problema para o Pal�cio cresce. No cargo, ter� poder de encaminhar CPIs, colocar projetos espinhosos em vota��o e derrotar propostas de interesse dos minist�rios.
Nos bastidores da Esplanada, Cunha leva o apelido de "dem�nio".
N�o por acaso, sua elei��o significa um verdadeiro inferno para o governo. E um inferno duradouro: seu mandato, caso receba a maioria dos votos, durar� dois anos, justamente o per�odo mais cr�tico para Dilma, �s voltas com problemas na economia, infla��o, apag�o e Lava Jato.
N�o tem muita escapat�ria. Se perder, Eduardo Cunha pega; Se ganhar, Eduardo Cunha engole.
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