Foi editora do Painel.
O que ele quer
Um importante auxiliar do governador Eduardo Campos (PSB-PE) faz a seguinte conta. H� tr�s maneiras de entrar em S�o Paulo: pelas m�os dos petistas; carregado nas costas dos tucanos ou como alternativa a esse "Fla-Flu" que h� anos domina as elei��es.
O c�lculo prossegue.
Nele, 25% do eleitorado pode ajudar a empurrar um candidato da terceira via para o segundo turno.
� com essa �lgebra toda que o pernambucano, virtual candidato presidencial, trabalha. Trabalha, n�o, decide.
Ningu�m fala abertamente, mas h� algo j� mais que �bvio nos bastidores do PSB: Eduardo Campos n�o quer se aliar ao PSDB no maior col�gio eleitoral brasileiro.
E por um motivo simples: esse caminho pressup�e afastar-se de Marina Silva, nome com n�mero consider�vel de votos naquelas bandas.
Em uma pesquisa interna apurada recentemente a pedido do governador, Campos viu-se saltando bons pontos percentuais (at� quadruplicaria de tamanho) quando apresentado ao lado da ex-senadora e fundadora do movimento Rede (Movimento, sim. Partido ela s� ter� quando aprov�-lo na justi�a).
Marina n�o quer nem pensar em se associar com o governador Geraldo Alckmin, candidato � reelei��o. Campos sabe disso. S� n�o bateu o martelo por uma candidatura pr�pria ao Pal�cio dos Bandeirantes para n�o atropelar um fiel aliado seu: o deputado M�rcio Fran�a (PSB-SP), declaradamente interessado em assumir a vaga de vice ao lado do tucano.
Fran�a � um dos principais operadores do governador pernambucano e tamb�m encomendou sondagens internas para ajudar a definir o quadro paulista.
Ele quer convencer os pares que sua tese � a melhor: uma carona na campanha de Alckmin, mesmo este nacionalmente comprometido com outro presidenci�vel (A�cio Neves, PSDB), � o ideal para algu�m desconhecido e sem m�quina no Estado, caso de Eduardo Campos.
Mesmo que Marina tope ser vice aceitando um div�rcio com o PSB em S�o Paulo, a campanha l� correria riscos de desintegrar. E ningu�m quer brincar na beira de um abismo com 31 milh�es de eleitores. � urna que n�o acaba mais.
O finado Jos� Alencar, vice de Lula em seus dois mandatos presidenciais, costumava soltar uma frase s�bia na hora de decidir uma alian�a eleitoral. "Quando um candidato tem de explicar muito um palanque para o eleitor, esse palanque j� desmoronou".
N�o ser� f�cil se apresentar como o candidato da renova��o agarrado no primeiro turno com um dos dois partidos dessa polariza��o tradicional. Marina, a fiadora de Campos nesta elei��o, j� avisou que pula fora.
O que ela ainda n�o vetou? Uma eventual aproxima��o caso haja segundo turno.
Fica, ent�o, a dica.
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