A Enel apresentou ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), um plano de investimento de R$ 6,2 bilhões na capital paulista para melhorar o serviço de distribuição de energia elétrica na cidade.
A empresa enfrenta uma crise de imagem após uma série de apagões desde o final de 2023. No mês passado, moradores da região central da capital ficaram 48h sem energia. O episódio causou prejuízo a comerciantes, afetou o abastecimento de água e deixou pacientes sem atendimento na Santa Casa.
O plano apresentado inclui medidas como o aumento de profissionais, podas preventivas e modernização da rede elétrica. E prevê que o montante seja investido num período de dois anos, de 2024 a 2026.
A proposta foi apresentada a Nunes em reunião nesta terça-feira (16), com participação do diretor global da Enel, Alberto de Paoli, do presidente da Enel Brasil, Antonio Scala, e do diretor de relações externas da empresa, Damian Popolo.
A Enel diz que quer contratar 1.200 profissionais nos próximos 12 meses para reforçar as operações em campo e reduzir o tempo médio de atendimento aos clientes.
A empresa também prevê dobrar o número de podas preventivas, em um total de cerca de 600 mil cortes por ano.
A distribuidora se comprometeu com a modernização de trechos da rede de média e baixa tensão, com a instalação de equipamentos de automação que permitem a operação remota quando há falta de energia.
A Enel ainda apresentou novos protocolos em caso de contingência, que permitiria a distribuidora ampliar em mais de quatro vezes as equipes em campo. Além disso, os canais de atendimento poderão dobrar suas equipes em episódios meteorológicos severos.
O envio da proposta ocorre em um momento que Nunes articula com o Congresso Nacional a aprovação de uma lei que permita que as prefeituras fiscalizem a prestação dos serviços de distribuição de energia.
Como mostrou a Folha, Nunes foi a Brasília para apresentar a proposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ele também deverá se encontrar com o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) para pedir apoio ao projeto.
Com uma base de mais de 15 milhões de consumidores, a Enel opera três concessões de distribuição de energia no Brasil, em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
SOB NOVA DIREÇÃO
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foram algumas das autoridades que prestigiaram a posse do novo presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), Gustavo Ribeiro, realizada em Brasília, na semana passada. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli compareceu. A advogada Guiomar Feitosa Mendes e a engenheira civil e advogada Daniela Feitosa, sua filha, estiveram lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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