A cantora Daniela Mercury recebeu R$ 160 mil para cantar no domingo (1º), no Pacaembu, em evento de sete centrais sindicais que comemoravam o Dia do Trabalhador. Ela foi contratada pela produtora que organizou a festa.
A celebração serviu também para manifestar o apoio das organizações a Lula (PT), que esteve presente e discursou como a estrela da manifestação.
O pagamento do cachê gerou ruído depois que um suposto contrato entre ela e a Prefeitura de São Paulo passou a ser divulgado nas redes bolsonaristas.
A produção da artista esclarece que, em um primeiro momento, assinou um contrato com a administração municipal. Mas ele acabou cancelado, já que o acerto inicial dizia que Daniela Mercury seria contratada pela produtora M Giora Comunicações, que organiza o evento para as centrais.
Por esse contrato com a M Giora, ao qual a coluna teve acesso, a cantora recebeu em duas parcelas, de R$ 80 mil.
Já a M Giora, contratada para organizar o palco da festa, será reembolsada pelas centrais pelo pagamento de cachês.
Além de Daniela Mercury, se apresentaram no Pacaembu artistas como Dexter Oitavo Anjo, Francisco, el Hombre e DJ KL Jay e integrantes do grupo de rap Racionais MC's.
Os recursos para o evento, de acordo com a assessoria da CUT, uma de suas organizadoras, vieram mesmo da Prefeitura, e foram reservados à festa por meio de emendas parlamentares de vereadores que garantiram dinheiro para a estrutura e também para o pagamento do cachê dos artistas.
De acordo com a central, é comum a prefeitura apoiar eventos que são gratuitos e abertos a todos os paulistanos.
Em nota enviada à coluna, os presidentes das sete centrais sindicais afirmam que "o uso das emendas parlamentares para a realização de festas populares é respaldado pela lei orçamentária do município, que permite a vereadores e vereadoras destinar o valor das emendas a atividades culturais com apresentações artísticas abertas ao público, como festas juninas, festas de aniversário de bairro, atividades esportivas amadoras, como corridas de rua e campeonatos, Dia do Trabalhador, entre outras".
Leia, abaixo, a íntegra da nota das centrais:
SOBRE O PALCO
O cônsul-geral da Espanha em São Paulo, Miguel Gómez de Aranda y Villén, e a diretora-executiva da empresa Sustenidos, que administra o Theatro Municipal de São Paulo, Alessandra Costa,
compare-ceram à estreia da ópera "Café", no Municipal, realizada na terça (3), na capital paulista. Baseado em libreto de Mário de Andrade, o espetáculo tem direção de Sérgio de Carvalho e conta com a participação do Coletivo Nacional de Cultura do MST (Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra).
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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