Jair Bolsonaro levou ao jantar com empresários em São Paulo uma comitiva maior do que o número de bilionários que atenderam ao convite para se encontrar com ele. Foram sete ministros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, e mais alguns parlamentares —entre eles, o próprio filho, Eduardo Bolsonaro.
PELOTÃO DE FRENTE
No jantar estavam apenas cinco bilionários brasileiros listados pela Forbes —e David Safra, cuja família aparece no ranking.
PELOTÃO 2
Os ministros eram Marcelo Queiroga (Saúde), Ricardo Salles (Ambiente), Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Carlos Alberto França (Relações Exteriores).
LEVE E SOLTO
O chanceler França, por sinal, circulou sem ser incomodado, já que ninguém o reconheceu.
ESTRELA
Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos, foi tratado como estrela. Muitos dos empresários veem nele um potencial substituto do ministro da Economia, Paulo Guedes.
ESTRELA 2
Campos, por sinal, passou boa parte do tempo sem máscara no jantar. E até apareceu em uma foto postada por Ton Cinel, filho do anfitrião, Washington Cinel, ao lado de Eduardo Bolsonaro. Ambos também sem máscaras.
ESTRELA 3
Campos foi aplaudido ao falar da vacinação no Brasil. Já Paulo Guedes recebeu elogios entusiasmados de Flávio Rocha, da Riachuelo.
PARABÉNS
Rocha disse que, para a guerra econômica que se seguirá à do coronavírus, Bolsonaro não poderia ter um “general mais equipado” do que Guedes. Foi aplaudido.
FAMOSO QUEM?
Bolsonaro surpreendeu em vários momentos. Um deles foi ao apresentar um dos integrantes da comitiva que ficou ao lado dele quando discursou.
ROTA NELES
“Sabem quem é esse?”, perguntou. Zero, ninguém sabia. “É ex-comandante da Rota. Nomeei ele para presidir o Ceagesp e acabar com a corrupção.” O coronel Ricardo Nascimento de Mello Araújo foi nomeado para o cargo em outubro.
BOIANDO
Bolsonaro então começou a falar da corrupção de carretos no Ceagesp. A plateia seguiu sem entender nada.
APLAUSOS
Outra surpresa, para os menos familiarizados com o ambiente, foram os elogios do banqueiro André Esteves, do BTG, a Bolsonaro. Na era PT, ele era um dos empresários mais próximos de Lula.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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