Uma pesquisa realizada pelo Instituto Marielle Franco identificou que 8 em cada 10 mulheres negras que concorreram às eleições em 2020 sofreram violência virtual, como o recebimento de mensagens machistas e racistas e invasões durante lives das quais participaram.
PERFIL
O estudo, que será divulgado nesta quinta (10), mostra que 14,6% dos indivíduos identificados como praticantes de violência virtual estão ligados a grupos neonazistas, racistas e antifeministas.
NA PELE
Foram ouvidas 142 mulheres negras de 16 partidos e de 93 municípios de todo o país. Entre as que relataram ter sofrido violência racial, 12,7% receberam ofensas relacionadas ao corpo e 6,3% foram agredidas fisicamente enquanto desenvolviam atividades no período eleitoral.
PRESSÃO
Houve ainda relatos de intimidação pela desistência de candidaturas ou para a concordância com decisões partidárias por 32,9% da respondentes, de candidatas que não receberam nenhum recurso financeiro do partido para a campanha (29,1%) e de assédio sexual nas legendas (2,5%).
RESPALDO
Dirigido pela família da ex-vereadora do PSOL, o Instituto Marielle Franco tem audiência marcada com o ministro e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, nesta quinta para falar de medidas para proteção e garantia do acesso a espaços de poder.
QUARENTENA
IVAN FINOTTI (interino) com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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