![mônica bergamo](https://cdn.statically.io/img/f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1507426.jpeg)
Jornalista, assina coluna com informa��es sobre diversas �reas, entre elas, pol�tica, moda e coluna social. Est� na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.
Advogado de Lula pede � Justi�a que Moro destrua 462 liga��es telef�nicas
A defesa de Lula entrou hoje com um pedido de liminar em mandado de seguran�a no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4� Regi�o) para que o juiz Sergio Moro inutilize 462 grava��es de chamadas que teriam sido interceptadas de forma ilegal no telefone do escrit�rio Teixeira, Martins e Advogados.
Eles afirmam que as grava��es cont�m di�logos do advogado Cristiano Zanin com o pr�prio Lula, em que ele orienta o cliente sobre aspectos de sua defesa, al�m de liga��es do defensor a outros colegas que atuavam na causa.
As conversas entre advogados e clientes est�o protegidas por sigilo e n�o podem ser devassadas.
As intercepta��es em telefones ligados a Lula foram autorizadas por Moro em fevereiro de 2016, e se estenderam at� mar�o. Entre elas estava o j� c�lebre di�logo entre Lula e Dilma Rousseff em que a ent�o presidente acertava com o petista a posse dele como ministro do governo dela.
A divulga��o da conversa por Moro acabou impedindo que Lula tomasse posse, por decis�o do STF (Supremo Tribunal Federal).
No per�odo, mais de cem mil chamadas foram interceptadas, de v�rios telefones ligados a Lula. No total, 417 horas de conversa foram gravadas.
A grava��o do telefone do escrit�rio dos advogados do ex-presidente, no entanto, causou pol�mica e foi questionada pelo pr�prio ministro Teori Zavaski (1948-2017), que ent�o relatava os processos da Opera��o Lava Jato.
Na �poca, Moro explicou, por meio de um of�cio, que o celular de Roberto Teixeira, um dos s�cios do escrit�rio, havia sido interceptado "j� que ele � diretamente investigado no processo".
O juiz explicou que o telefone fixo do escrit�rio, que tem v�rios outros s�cios, no entanto, havia sido gravado porque o MPF (Minist�rio P�blico Federal) tinha a informa��o de que o n�mero estava em nome da empresa de palestras de Lula.
Com a informa��o de que na verdade se tratava do telefone do escrit�rio de advocacia, Moro comunicou ao STF que nenhum di�logo daquele aparelho havia sido divulgado ou agregado ao processo e que s� n�o havia inutilizado as grava��es porque a investiga��o tinha sido transferida ao STF (Supremo Tribunal Federal) _Dilma ainda era presidente e tinha foro privilegiado.
Caso ainda estivessem em suas m�os, informava Moro, os di�logos "se submeteriam ao procedimento de inutiliza��o".
Com a sa�da de Dilma do cargo, o processo voltou a Moro, em junho de 2016.
Recentemente, o magistrado deu acesso �s defesas de diversos r�us a todas as intercepta��es feitas na �poca _inclusive �s do escrit�rio de Roberto Teixeira.
Diante da reclama��o dos advogados de Lula, ele suspendeu o acesso em rela��o aos di�logos questionados e que seriam protegidos por lei.
E afirmou que posteriormente analisar� a inutiliza��o deles, juntamente com outras conversas gravadas e que seguem dispon�veis.
Os advogados de Lula pedem que a inutiliza��o seja imediata.
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