Jornalista, assina coluna com informa��es sobre diversas �reas, entre elas, pol�tica, moda e coluna social. Est� na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.
Gentili defende 'separar p�blico do privado' ap�s v�deo contra deputada
O apresentador Danilo Gentili, do SBT, decidiu se manifestar por meio de nota sobre as cr�ticas ap�s um v�deo em que rasga uma notifica��o enviada a ele em nome da deputada Maria do Ros�rio Nunes (PT) e coloca os peda�os de papel dentro da cueca.
Ele diz no comunicado que a parlamentar, "usando a m�quina p�blica e a assessoria jur�dica da C�mara dos Deputados, buscou intimidar e censurar, sob amea�a de processo judicial, um cidad�o comum em raz�o de tweet que nada tem a ver com a sua condi��o de deputada".
"O m�nimo que ela deveria fazer era ter contratado um advogado particular para enviar a notifica��o, e n�o se valer do aparato p�blico. A situa��o atual do pa�s � esta porque boa parte dos pol�ticos � incapaz de separar o p�blico do privado", afirma Gentili.
A nota foi enviada � coluna por seu advogado, Maur�cio Bunazar.
A notifica��o ao comediante, que traz no cabe�alho o nome da Procuradoria Parlamentar da C�mara, foi em raz�o de publica��es, feitas por ele na rede social Twitter, em que satiriza a petista.
Segundo a C�mara, "a Procuradoria Parlamentar tem como finalidade defender a institui��o, seus �rg�os e seus integrantes no exerc�cio do mandato ou de suas fun��es institucionais, quando atingidos em sua honra ou imagem perante a sociedade".
O funcionamento do setor obedece ao regimento interno da Casa.
Ainda nas imagens, Gentili tira os pap�is picados da sua roupa �ntima e os coloca num envelope, que ele leva a uma ag�ncia dos Correios e despacha para o endere�o da parlamentar.
Maria do Ros�rio reagiu ao v�deo com a express�o "criminoso". "Sofri outro ataque daquele que se diz comediante. Comprova vi�s machista e autorit�rio", escreveu tamb�m no Twitter, informando que o caso est� sendo tratado na esfera jur�dica.
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Leia a �ntegra da nota do apresentador Danilo Gentili:
"Parte da imprensa se manifestou criticamente em rela��o ao v�deo em que devolvo � Deputada Maria do Ros�rio a notifica��o pela qual ela pretendia me censurar.
O curioso � que o fato mais chocante n�o teve qualquer destaque: uma deputada federal, usando a m�quina p�blica e a assessoria jur�dica da C�mara dos Deputados, buscou intimidar e censurar, sob amea�a de processo judicial, um cidad�o comum em raz�o de tweet que nada tem a ver com a sua condi��o de deputada (a saber: tirei sarro do fato de ela se dizer defensora das mulheres e, ao mesmo tempo, afirmar ser compreens�vel que um homem que se sinta ofendido por uma mulher cuspa na cara dela e, tamb�m, do fato de ela achar elogioso dizer a uma mulher nordestina que ela tem o "grelo duro").
A ideia mais elementar de Rep�blica pressup�e a separa��o entre o p�blico e o privado. Como os tweets que fiz nada tinham a ver com a condi��o dela de deputada, o m�nimo que ela deveria fazer era ter contratado um advogado particular para enviar a notifica��o, e n�o se valer do aparato p�blico.
A situa��o atual do pa�s � esta porque boa parte dos pol�ticos � incapaz de separar o p�blico do privado, ali�s, o partido da deputada tem �timos exemplos a oferecer."
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