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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, neg�cios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos s�bados.
Com crise, clientes trocam marcas e lojas preferidas
Para encontrar pre�os baixos, clientes de supermercados de S�o Paulo est�o dispostos a trair marcas e lojas �s quais se consideravam fi�is, aponta uma pesquisa do Sincovaga (sindicato do varejo aliment�cio e de bebidas).
Consumidores com menos recursos ou medo de perder o emprego est�o dispostos a abandonar o costume e a comodidade, diz o presidente da entidade, Alvaro Furtado.
"Os moradores do Estado de S�o Paulo s�o escolados, j� viveram outras crises, t�m mem�ria de como agir e fizeram isso rapidamente."
Os compradores que se dizem fi�is a marcas mesmo com a recess�o econ�mica s�o 11,76% do total.
TRAI��O NO SUPERMERCADO - Em %
Quando o tema � o local de compras, 14,22% dizem que v�o seguir no mercado ao qual est�o acostumados a ir.
"Ao descobrir que a uma dist�ncia maior o dinheiro rende mais, eles fazem viagens mais longas."
Para manter os clientes em seus supermercados, o Mambo, o grupo MGB passou a fazer promo��es por lotes. Ao levar tr�s itens ao caixa, paga-se menos por cada unidade, diz o diretor de neg�cios Andr� Francez Nassar.
A empresa tamb�m tem uma rede de atacarejo, o Giga, que ganhou consumidores durante a crise.
"O maior volume de vendas ainda � para comerciantes. Mas nos �ltimos meses, h� um movimento muito mais forte aos s�bados e domingos, quando os consumidores finais compram."
Zanone Fraissat/Folhapress | ||
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Andr� Francez Nassar, diretor da rede de supermercados |
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UMA VOLTA DE MILH�ES
Para evitar passar por uma uma serra na cidade de S�o Jo�o da Boa Vista, no Estado de S�o Paulo, a linha de transmiss�o que vai conectar Belo Monte ao Sudeste atrasou e teve um aumento de custo de R$ 30 milh�es.
Uma lei municipal transformou a �rea da serra em espa�o de prote��o ambiental. A solu��o foi fazer um desvio de 15 quil�metros.
A Mantiqueira, a empresa respons�vel pela obra, pediu licen�a de instala��o ao Ibama na ter�a-feira (1�), quatro meses depois do que era previso em contrato.
A linha ter� 343 quil�metros e vai atravessar 29 cidades nos Estados de S�o Paulo e Minas Gerais.
"Precisamos da autoriza��o do tra�ado de todas as cidades, mas n�o conseguimos em S�o Jo�o da Boa Vista", diz Jos� Caetano de Mattos, diretor da Mantiqueira.
Por contrato, a linha precisa entrar em opera��o em mar�o de 2018. O dinheiro para a constru��o (cerca de R$ 1 bilh�o) vem de um fundo da pr�pria Mantiqueira (que pertence aos grupos Copel e Elecnor) e do BNDES.
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DIRETO DO ORIENTE
A Rarejob, empresa de capital aberto na Bolsa de T�quio que ensina ingl�s on-line, escolheu o Brasil como sua primeira exporta��o.
Para trazer a opera��o para o pa�s, ela ganhou o nome de Enpower, mas simp�tico aos brasileiros, segundo Igor Inocima, respons�vel pela marca no Brasil.
"A Rarejob j� atendia japoneses expatriados aqui. H� uma clientela potencial grande, j� que muitos aqui ainda n�o falam a l�ngua."
Danilo Verpa/Folhapress | ||
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Igor Inocima, representante da empresa no Brasil |
O modelo, contudo, continua o mesmo: li��es em hor�rios flex�veis com professores filipinos, mais baratos e com sotaque menos carregado que os japoneses.
A presen�a de outras escolas com o mesmo formato parece n�o assustar. "Sabemos que a concorr�ncia � forte. Isso � bom, porque o mercado j� foi aberto para n�s", diz Inocima.
R$ 70,2 milh�es
� a previs�o de faturamento da empresa em 2015
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NO VERMELHO
Os pedidos de recupera��o judicial subiram 359,5% em fevereiro passado, em rela��o ao mesmo m�s de 2015, segundo a Boa Vista SCPC.
Os requerimentos de fal�ncia das companhias tamb�m tiveram alta expressiva, de 76,3% no mesmo per�odo.
Esses �ndices s�o efeito direto da crise, diz Fl�vio Calife, economista da entidade.
"A receita das empresas caiu com as vendas mais fracas, mas o custo n�o arrefeceu, j� que a infla��o est� em alta. Isso afeta o caixa."
Outro fator que contribui para o cen�rio foi a dificuldade de conseguir cr�dito, que ficou mais caro. "Se a empresa n�o consegue dinheiro, s� resta a recupera��o judicial. E se n�o der certo, a fal�ncia."
EM APUROS - Pedidos de fal�ncia e recupera��o judicial em fevereiro
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Sucata
As receitas com exporta��es de sucata de ferro e a�o ca�ram 29% em 2015. O motivo � a retra��o na ind�stria automotiva e de eletrodom�sticos, as grandes fornecedoras do setor, segundo a Inesfa.
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HORA DO CAF�
Mandrade/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TA�S HIRATA e M�RCIA SOMAN
Livraria da Folha
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