Jornalista foi correspondente em Londres, editor do 'Folhateen' e de Fotografia e diretor da sucursal Rio.
Escreve �s quintas.
Sem dinheiro, OSB atrasa sal�rios e programa��o de 2017
Eliana Rodrigues-2013/Divulga��o | ||
Yamandu Costa (de branco) em apresenta��o com a Orquestra Sinf�nica Brasileira (OSB) em SP |
RIO DE JANEIRO - Outrora a mais longeva orquestra nacional em atividade ininterrupta —desde 1940—, a OSB est� em estado vegetativo, tendo entrado em 2017 sem verba nenhuma. Consequentemente, transcorridos quatro meses, n�o apresentou um �nico concerto, tampouco tem programa��o. Pior: seus m�sicos n�o receberam sal�rio neste ano.
A situa��o atual � o ponto culminante de uma crise que vem crescendo h� pelo menos tr�s anos. Ela foi criada por uma mistura de m� administra��o —com in�meras presta��es de contas reprovadas, o Minist�rio P�blico Federal pediu a suspens�o de repasses oriundos de isen��o fiscal– e de queda de arrecada��o junto a empresas privadas.
A responsabilidade passa tamb�m pela Prefeitura do Rio, cidade-sede da orquestra. Ela vinha contribuindo desde 2009, na gest�o de Eduardo Paes, com uma m�dia de R$ 6 milh�es anuais, mas, a partir de 2014, a fonte secou. Um total de R$ 12 milh�es previstos deixaram de ser repassados pelo munic�pio, o que a OSB considera a principal causa de seu desequil�brio, ainda que outros patroc�nios tenham sido encerrados.
Enquanto a quest�o financeira da institui��o n�o se acerta, � imposs�vel delinear uma programa��o art�stica para este ano. A de 2016, afetada pela crise, acabou sendo refeita a custa zero, usando obras em dom�nio p�blico e limando convidados pagos.
A nova diretora-executiva da Funda��o OSB, Ana Fl�via Leite, 34, assumiu o cargo em janeiro e se mostra otimista quanto � chance de conseguir patroc�nios que reanimem a orquestra. Vinda do Minist�rio da Cultura, come�ou a sanear pend�ncias passadas, relativas a presta��es de contas reprovadas.
Apesar de ser uma institui��o privada, a OSB � um patrim�nio nacional e como tal deve ser encarada pelo poder p�blico. Resta ver como se posicionar� Marcelo Crivella.
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