![márcio rachkorsky](https://cdn.statically.io/img/f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15073333.jpeg)
� advogado, especialista em condom�nios. Presidente da Associa��o dos S�ndicos de SP e membro da Comiss�o de Direito Urban�stico da OAB-SP. Escreve aos domingos,
a cada duas semanas.
'Haters' nos condom�nios
'Haters' � uma express�o nova em nosso vocabul�rio e significa "os que odeiam", "odiadores" ou simplesmente uma pessoa que n�o est� feliz com o �xito, a conquista ou a felicidade de outra pessoa e prefere atacar e criticar, expondo, maldizendo e fazendo o mau.
O ambiente dos "haters" � quase sempre virtual, pois atuam nas redes sociais, com inveja e covardia.
Nos condom�nios, os "haters" atacam s�ndicos, conselheiros, moradores e funcion�rios. A a��o quebra a harmonia, gera disc�rdia e afeta at� a imagem do pr�dio (e a valoriza��o das unidades), j� que ningu�m quer morar ou investir num lugar sabidamente tenso. H� casos de moradores que resolvem mudar de endere�o de t�o nefasto e aniquilador os ataques e as intrigas.
A comunica��o efetiva da administra��o com os moradores � a forma mais eficiente de combater os "haters". Ela evita boatos e mant�m os moradores cientes sobre obras, contas, problemas e ocorr�ncias.
A cria��o de um canal oficial para cr�ticas, ideias e sugest�es, com respostas r�pidas, t�cnicas e impessoais, tamb�m funciona.
N�o raramente, no entanto, os "haters" cometem crimes de cal�nia, inj�ria, difama��o, �dio racial e homofobia, atingindo em cheio a honra e a moral de um vizinho.
Nesses casos, o caminho � colher as provas materiais e testemunhais e adotar as medidas judiciais cab�veis –n�o s� na esfera civil, mas, sobretudo, na criminal.
Os "haters" podem sofrer ainda san��es administrativas, com advert�ncias, notifica��es e multas. Nos casos mais graves, eles podem ser rotulados como moradores antissociais, sujeitos a multas de dez vezes o valor da quota condominial.
O papel do s�ndico � fundamental para manter a ordem, agindo como um pacificador social. Acompanhei o trabalho de um condom�nio que contratou os servi�os de uma psic�loga para analisar e atuar junto aos moradores mais exaltados.
A iniciativa resultou em uma palestra aos moradores sobre respeito, cr�ticas construtivas e amizade. Ao s�ndico e � sua equipe, ficou a li��o para que deem mais import�ncia �s cr�ticas e aos anseios dos moradores. Todos sa�ram ganhando nessa, prevenindo e evitando lit�gio.
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