� jornalista e consultor na �rea de comunica��o corporativa.
Ingenuidade, pregui�a ou leviandade?
A exemplo da semana passada, repito a f�rmula de fazer uma pergunta como t�tulo desta coluna. Justamente para ressaltar a experi�ncia desagrad�vel que vivi a partir da publica��o da semana passada, escrita e titulada na doce ilus�o de que estava a estimular o intelecto dos leitores com uma quest�o de fundo a ser debatida.
Mas para que o texto fosse debatido ou mesmo contestado, seria necess�rio, minimamente... ler o texto, certo?
N�o foi bem isso que aconteceu. Claro que uma boa e expressiva parte dos leitores entendeu a quest�o ("Eduardo ou Thomaz: qual dor � maior?") e concordou com a premissa de que era necess�rio e urgente repudiar qualquer tipo de tentativa de compara��o entre a morte do filho do governador de S�o Paulo em um acidente e a de um menino em uma favela do Rio, atingido por tiro de um policial.
Era disso que tratava o texto, era esta a resposta � pergunta, bastava dar-se ao trabalho de ler: n�o se compara dores de perdas, cada uma tem seu dram�tico e incomensur�vel significado; dores deste tipo, de perda de filhos, respeita-se apenas, independentemente de quem sejam os protagonistas etc.
Mas assim como debate fluiu e frutificou de um lado, de outro levantou-se nas redes sociais, sobretudo a partir de um post da pr�pria Folha sobre a coluna no Facebook, uma onda de �dio e agressividade contra este colunista e seu texto. N�o sei bem se por pregui�a, ingenuidade ou leviandade, pessoas –milhares delas, diga-se– ativeram-se apenas e t�o somente ao t�tulo da coluna para atac�-la (e a ao seu autor) justamente, caramba!, pelo contr�rio do que ele dizia: que jornal � este, que jornalista � este, que texto � este que compara dores e ainda ousam fazer uma enquete a respeito, vociferaram, utilizando-se de adjetivos v�rios, muitos impublic�veis.
Meus respeitos e minhas desculpas pelas redund�ncias a quem leu e se manifestou ap�s ler a coluna, concordando ou n�o, n�o importa.
E a minha mais profunda decep��o com aqueles que adotam, como t�tica de prolifera��o de "likes" ou retu�tes, a seguinte pr�tica: n�o leia e fale mal.
Santa ignor�ncia...
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