� jornalista e consultor na �rea de comunica��o corporativa.
"N�o contavam com minha ast�cia"
N�o posso dizer que fui um f� ardoroso do Chaves e de sua trupe, embora tenha assistido a muitos epis�dios de suas estripulias, tendo Roberto Bola�os como Chaves mesmo ou com aquela improv�vel fantasia de Chapolin.
Embora me incomodasse demais a dublagem tosca com que se apresentavam, sempre admirei, no entanto, o tipo de humor que eles desenvolveram durante d�cadas, humor totalmente ing�nuo, familiar, infantil na medida das nossas necessidades mais pueris, sendo a mais pueril delas a verdadeira, inevit�vel, vital necessidade de rir � toa.
Chaves nos fez rir � toa, na mais s�lida e hist�rica tradi��o do humor verdadeiro, simples e direto, circense: um texto, um ou dois atores, uma piada ou situa��o c�mica, nada mais.
Eis a raz�o pela qual Chaves fez e faz sucesso ininterrupto por tanto tempo, d�cada: fala direto ao cora��o com a singeleza que se perde cada vez mais nas tentativas tamb�m cada vez mais infrut�feras de sofisticar, erotizar, "modernizar" o riso.
Com suas bobagens infantis, Chaves conquistou a fidelidade de duas, tr�s gera��es, deixa um monte de �rf�os e seus epis�dios ser�o reprisados ad infinitum.
Por uma raz�o bem simples: precisamos hoje como precisaremos amanh�, muito, rir � toa.
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