Vencedor de dois pr�mios Esso na Folha, atuou na cobertura de pol�tica e economia em S�o Paulo e Bras�lia.
Governo deve rever desonera��o da folha de pagamentos
O governo escalou cinco ministros para convencer a bancada do PT no Senado a apoiar o pacote de ajuste fiscal elaborado para salvar as contas p�blicas: Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previd�ncia), Pepe Vargas (Rela��es Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presid�ncia) e Manoel Dias (Trabalho).
A reuni�o com os senadores foi no Pal�cio do Planalto, nesta quarta-feira (25). De acordo com o relato de um dos presentes, Barbosa deixou claro que o governo pretende rever a desonera��o da folha de pagamentos.
Na manh� do dia anterior, tamb�m no Pal�cio, os mesmos cinco ministros tiveram um caf� com l�deres de outros partidos no Senado, com o mesmo prop�sito.
Na segunda-feira (23), o ministro Joaquim Levy (Fazenda) participou de um jantar com l�deres do PMDB em Bras�lia. Pediu apoio ao doloroso pacote fiscal. Levy estimou em R$ 80 bilh�es a necessidade de economia neste ano. Adiantou aos peemedebistas que n�o alcan�ar� tal n�mero somente com cortes de despesa: ser� preciso tamb�m aumentar impostos.
Segundo um t�cnico bem informado sobre o assunto, ouvido pela coluna, um dos caminhos priorit�rios da equipe econ�mica � revogar a desonera��o da folha de pagamentos –sen�o de todos os setores, pelo menos parcialmente.
O intenso empenho do governo para pavimentar o caminho da aprova��o do pacote fiscal � proporcional � batalha que ter� pela frente.
Conforme a coluna revelou tr�s semanas atr�s, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) teve um duro embate com alguns senadores petistas quando defendeu, no in�cio do m�s, as altera��es previstas nas regras de concess�o de direitos trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial.
No encontro desta quarta, alguns senadores afirmaram que, do jeito que est�, o pacote n�o passa. Isso somente no que diz respeito ao j� anunciado, ou seja, as mudan�as nas regras de concess�o dos direitos trabalhistas.
A revoga��o da desonera��o da folha de pagamentos ser� mais um duro golpe nos trabalhadores. A desonera��o alcan�a hoje 56 setores. Em 2013, a medida representou economia de R$ 13,2 bilh�es para as empresas. Com a desonera��o, os setores beneficiados passaram a pagar de 1% a 2% de seu faturamento para a Previd�ncia Social, no lugar de recolher 20% sobre o sal�rio dos trabalhadores.
O governo est� no caminho certo ao lutar para aprovar o pacote fiscal. � um reconhecimento dos erros adotados no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Erros esses que levaram as contas p�blicos a um enorme descontrole, provocando retra��o da economia e infla��o.
O mais triste dessa hist�ria � que a conta da arruma��o da casa sobrar�, em maior escala, para os menos aptos a se defender: os trabalhadores de menor renda. A consequ�ncia direta do aumento de impostos, no atual cen�rio econ�mico hostil, ser� o aumento do desemprego.
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