Vencedor de dois pr�mios Esso na Folha, atuou na cobertura de pol�tica e economia em S�o Paulo e Bras�lia.
PT no Senado n�o quer mudan�as em regras trabalhistas
Foi num jantar na casa do senador Jorge Viana (AC), nesta segunda-feira (2), em Bras�lia. O principal comensal era o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Mercadante ouviu um apelo de diversos membros da bancada do partido no Senado, composta por 14 integrantes: o governo deveria voltar atr�s j� na decis�o de mudar as regras de concess�o dos direitos trabalhistas, como o seguro-desemprego, o abono salarial e a pens�o por morte.
Os senadores petistas entendem, se n�o todos, pelo menos a maioria, que o an�ncio das medidas pegou muito mal para o partido. Desde que a mudan�a nas regras foi comunicada pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda), como parte dos esfor�os do governo para tapar o rombo nas contas p�blicas, as centrais sindicais se levantaram contra a iniciativa, promovendo diversos protestos.
Recordando dois dos principais impactos das medidas, anunciadas no final de dezembro:
a) hoje, no caso do abono salarial, o trabalhador que recebeu em m�dia at� dois sal�rios m�nimos e manteve v�nculo formal de trabalho por um m�s tem direito ao benef�cio. Com a nova regra, precisar� ter trabalhado 180 dias ininterruptos. O valor do benef�cio tamb�m passa a ser proporcional aos meses trabalhados. Com essas mudan�as, 9,94 milh�es de trabalhadores ser�o exclu�dos desse direito constitucional. Boa parte dos demais receber� menos do que receberia hoje.
b) no seguro-desemprego, a car�ncia subiu de seis meses de perman�ncia no emprego para 18 meses, no caso de acesso ao benef�cio pela primeira vez. Na segunda vez, passa para 12 meses de car�ncia. Com essas delimita��es, 4,8 milh�es de trabalhadores que receberam o benef�cio em 2013 n�o teriam direito ao seguro.
As mudan�as nas regras trabalhistas constam de duas medidas provis�rias que o governo deseja que entrem em vigor no m�s que vem. As MPs precisam ser aprovadas pelo Congresso. Com a elei��o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como presidente da C�mara, o clima naquela Casa n�o poderia ser pior para a presidente Dilma Rousseff. O senadores petistas temem que o governo amargue outra derrota no Congresso, vendo as MPs reprovadas.
Pelo relato de um dos presentes ouvido pela coluna, Mercadante ficou em cima do muro. Nem disse que o governo recuaria nem afirmou que seguiria em frente. De acordo com o relato, Mercadante disse que o governo pretende promover debates com os congressistas do partido. Disse que os ministros Levy, Nelson Barbosa (Planejamento) e Carlos Gabas (Previd�ncia) conversariam com os parlamentares para convenc�-los da import�ncia das medidas.
Se Levy n�o pode contar nem com os petistas, o que dir� com os demais congressistas.
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