Algumas pessoas de comportamento inadequado que costumam efetuar gestos obscenos sem motivo fazem parte de um restrito grupo socialmente evitado e sempre incompreendido.
Essas pessoas, não importando o sexo, podem também falar espontaneamente palavrões e até ofender circunstantes, mesmo não tendo sido provocados.
Ele ou ela são portadores da síndrome de Tourette, homenagem ao médico francês Georges Gilles de la Tourette, que reuniu um grupo de pessoas com essa doença em 1825.
A síndrome de Tourette é um distúrbio neurológico de início na infância e associado a um problema de controle de impulsos, ataques de raiva ou outros comportamentos, segundo os neurologistas.
Nos Estados Unidos, pesquisa nacional de saúde infantil realizada de 2016 a 2017 identificou 104 de 186 crianças com diagnóstico de síndrome de Tourette ou transtorno do tique crônico que sofreram bullying (situação de intimidação física ou verbal), conforme relatado pelos pais.
Recentemente, a revista Jama Neurology publicou editorial referindo que a opinião pública continua centrada no uso involuntário e repetitivo da linguagem obscena.
Acrescentam que os comportamentos inadequados têm resultado em reações que criam rejeição social e dificuldade em estabelecer relacionamentos.
Para especialistas do Instituto Karolinska, Estocolmo, Suécia, grande parte da adversidade social vivida pelas pessoas com esse problema é parcialmente causado pelo conhecimento equivocado sobre o transtorno pelos pais, professores, colegas, profissionais de saúde e a comunidade em geral.
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