A pesquisa, orientada pelo professor André de Oliveira Baldoni com colaboradores da Universidade Federal de São João del-Rei, em Divinópolis, Minas, sobre medicamentos vencidos e guardados em casa, tema da coluna anterior, teve continuidade com a análise da forma de armazenamento e importância do seu descarte.
Publicado na revista médica Einstein, o artigo analisa como jogam fora o refugo dessas farmácias caseiras e o transformam em um emergente problema de saúde pública.
O estudo mostrou que a cozinha foi o local preferido para guardar os remédios e que seu descarte incorreto impacta diretamente a natureza.
Destacam os autores que os remédios vencidos, cuja validade de uso terminou, não devem ter a mesma destinação final que resíduos comuns.
Explicam que jogá-los no lixo ou na rede de esgoto pode contaminar o solo, poços, águas dos rios e lençóis freáticos.
Por outro lado, remédios mal armazenados causam danos aos pacientes por sua qualidade ficar prejudicada.
Recomendam, por isso, o controle duas vezes ao ano dos remédios guardados na farmácia caseira para prevenir eventual consumo e consequente intoxicação decorrente de seus componentes com validade de uso vencida.
Alertam os pesquisadores da UFSJ que os medicamentos não devem ser expostos diretamente à luz solar, umidade ou sujeira. É também inadequado guardá-los a uma altura inferior a 1,5m, pois assim se evita que fiquem ao alcance das crianças.
Remédios como a insulina, termolábeis, sensíveis à temperatura ambiente, devem ser armazenados segundo a orientação do médico ou do farmacêutico. Geralmente não devem ficar fora da geladeira, na porta da geladeira ou dentro do congelador; a prateleira do meio ou a gaveta de verduras é o melhor local.
Os autores concluem que a orientação correta com as sobras dos remédios é a devolução a unidades de saúde ou às farmácias públicas ou particulares.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.