Dos jogos que envolveram os quatro grandes no fim de semana do Paulistinha, apenas um merece elogio: o do Santos ao derrotar o valente Mirassol por 3 a 1.
Depois da difícil virada, na Argentina, contra o Defensa y Justicia por 2 a 1, o time alvinegro parece ter dado um passo importante para ganhar confiança e mostrar a leveza esquecida na temporada passada.
Por mais compreensível que seja a recusa de Jesualdo Ferreira em aceitar comparações, elas são inevitáveis. A sombra de Jorge Sampaoli é permanente.
Pois contra o Mirassol, de boa campanha e futebol insinuante, o Santos fez primorosos 22 minutos iniciais, quando marcou três gols e liquidou o jogo. Noite ensolarada na Vila Belmiro.
O time não manteve o ritmo, é fato, porque era preciso descansar para enfrentar o equatoriano Delfín já nesta terça-feira (10), pela Libertadores.
Quem optou por ver, no mesmo horário, o empate por 1 a 1 entre Novorizontino e Corinthians só pode estar arrependido. E não é porque entre ver dois gols e o dobro sempre será melhor a segunda alternativa.
Apenas porque no embate em Novo Horizonte aconteceu um show de horrores, auxiliado por gramado deplorável.
Difícil dizer quem deu mais dó, se o narrador Gustavo Villani, em busca de manter acordados os telespectadores, ou se Gil, como corretor defensivo para o companheiro de zaga Pedro Henrique. Villani, ao menos, não teve de percorrer os 405 quilômetros entre São Paulo e Novo Horizonte.
Tiago Nunes ficou no mato sem cachorro. Queria Rony, que veio para o Palmeiras, e Nikão, que ficou no Athletico.
Do ex-clube trouxe dois jogadores, Pedro Henrique e Camacho, ambos do próprio Corinthians, sem deixar saudades no período em que jogaram no clube.
Apostou em Luan, apesar de nem Renato Portaluppi ter conseguido recuperá-lo, demonstração de perigosa autossuficiência, e o sonho Michael acabou na Gávea. Nunes tem dois domingos decisivos pela frente, ambos na Arena Corinthians, contra o Ituano e contra o Palmeiras.
Aparentemente, ele mantém o equilíbrio e a frieza. Até quando é a questão.
Quem não perde a pose é Vanderlei Luxemburgo e suas platitudes no uso frequente do discurso para ocultar a realidade. Depois do fraco empate do Palmeiras, em casa, com a Ferroviária, 1 a 1, o técnico não teve constrangimento em dizer que “é melhor empatar do que perder”.
Fosse Jesualdo a dizê-lo, viraria piada de português.
Também o alviverde tem agenda pela Libertadores nesta terça, contra o Guaraní, algoz do rival do Parque São Jorge e ótima chance para o palmeirense montar no corintiano.
Vencer será fundamental, e apresentar alguma coisa mais próxima de bom futebol começa a ser obrigatório, porque paciência tem limite e a diferença entre a garganta e o gramado tem sido irritante.
A rodada dos grandes terminou em Ribeirão Preto, com a visita do time reserva do São Paulo ao lanterna Botinha. O tricolor da capital preservou-se para enfrentar a equatoriana LDU, na quarta-feira (11), no Morumbi, duelo que ganhou ares de decisão, embora ainda na segunda rodada do torneio continental, por causa dos desperdícios indesculpáveis de Antony e Pablo na altitude dos Andes peruanos na derrota para o Binacional por 2 a 1, na semana passada.
Os reservas são como os titulares: criam, criam e não fazem gols. Resultado? 1 a 0, para o Botinha, é claro!
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