Pela primeira vez na história do melhor basquete do mundo um time não estado-unidense está na final.
O time do Toronto Raptors, liderado pelo genial californiano Kawhi Leonard, 27, receberá nesta quinta-feira (30) os bicampeões do Golden State Warriors para o primeiro de dois jogos no Canadá.
Porque o quinteto fez a segunda melhor campanha da temporada regular, com 58 vitórias em 82 jogos, e derrotou, na decisão da Conferência Leste, o Milwaukee Bucks que tinha 60 vitórias.
Do lado do Golden State, ainda sem o monstro Kevin Durant, machucado, o não menos genial Stephen Curry, 31, outra máquina de fazer cestas, principalmente as decisivas.
Embora jogo coletivo, Leonard e Curry, 2,01 m e 1,91 m, respectivamente, fazem do basquete cada vez mais um jogo de arremessos de três pontos, competição enlouquecida que impede tirar os olhos do jogo desde o começo.
A rara leitora e o raro leitor podem ver a disputa desta noite, às 22h, na ESPN, com direito à narração do impagável Rômulo Mendonça, na Band ou pelo aplicativo da NBA.
Segundo pesquisa, os Estados Unidos torcerão pela equipe canadense, provavelmente porque será a quinta decisão seguida do Golden State, que teve a terceira melhor campanha da temporada regular, com 57 vitórias.
Apenas três estados, a Califórnia, sede dos Warriors, o estado vizinho de Nevada e o Havaí, torcerão pelo time de Cury, contra 47 estados a favor de Leonard.
O ideal é conseguir ver o jogo sem torcer para ninguém, apenas para curtir cada lance, embora, estamos de acordo, seja difícil não escolher um lado—mas o que fará você torcer para que Curry ou Leonard mais errem do que acertem.
E, para que ninguém diga que não falei de futebol, a semana esportiva termina da melhor maneira possível, com a final da Liga dos Campeões da Europa entre Liverpool e Tottenham, em Madri, no sábado (1º), às 16h.
O jogaço único você vê no canal TNT ou pelo aplicativo do Esporte Interativo.
De certa forma não se trata do jogo que o mundo queria, ou ao menos, esperava ver.
Manchester City x Barcelona, Pep Guardiola x Lionel Messi, e na capital espanhola!, seria atração ainda maior.
Se Kevin Durant ainda estará ausente na NBA, tudo indica que Harry Kane, 25, voltará ao time londrino na Champions, atração adicional para enfrentar o timaço do técnico Jürgen Klopp e do craque egípcio Mohamed Salah, 26.
Difícil fazer prognósticos em torno das duas decisões.
Na Champions por ser um jogo só, embora o Liverpool seja melhor e tenha terminado o Campeonato Inglês nada menos que 26 pontos à frente do rival.
Na NBA o especialista não tem desculpas porque o campeão pode sair apenas depois de sete jogos.
Improvável a chamada varrida por 4 a 0 para quaisquer dos lados.
Extraordinário pensar num 4 a 3 para algum dos lados.
Tudo considerado, a coluna aposta que o Golden State Warriors prevalecerá mais uma vez, pela terceira consecutiva, pela quarta em cinco finais seguidas.
E, atrevida e incapaz de ficar em cima do muro, crava que o Liverpool voltará aos seus tempos de glórias e vencerá a Champions League pela sexta vez e depois de 14 anos sem ganhá-la.
Em homenagem a Bill Shankly (1913-1981), ídolo em Liverpool como os Beatles, filósofo do futebol que um dia disse: “É claro que o futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais do que isso”.
O basquete não chega a tanto.
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