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Tem mais de 40 anos de profiss�o. � formado em ci�ncias sociais pela USP. Escreve �s segundas, quintas e domingos.
S� um improv�vel acidente evitar� t�tulo do Palmeiras no Brasileiro
Cristiano Andujar/AGIF | ||
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Jean comemora gol do Palmeiras contra o Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro |
O l�der n�o jogou no primeiro tempo em Florian�polis. Talvez pelo sol.
� sombra, no segundo, jogou como o primeir�o.
Partiu para cima do Figueirense e s� sossegou ao abrir o placar, gra�as a um p�nalti bobo, mas p�nalti, cometido sobre Gabriel Jesus.
O Flamengo tinha acabado de fazer 1 a 0 no Beira-Rio e liderara o Brasileir�o por meio minuto.
N�o mais e, ao fim da rodada, estava a ponder�veis quatro pontos de dist�ncia do Palmeiras, porque acabou por levar a virada do Inter, 2 a 1.
Mais: o Galo, outro que pretendia o t�tulo, prejudicado pelo assoprador de apito, tamb�m foi derrotado, pelo Botafogo, por 3 a 2, na Ilha do Governador lotada, e ficou a inalcan��veis oito pontos ao faltarem sete rodadas.
Enquanto os rivais sofriam, o Palmeiras aumentava a vit�ria, outro gol de Jean, que havia feito o de p�nalti.
Sim, quando estava ainda 1 a 0 houve penalidade m�xima para o time catarinense, de Eg�dio em Rafael Silva, mas o assoprador de apito preferiu n�o ver e Rafael Silva ainda diminuiu a vantagem alviverde, s� para dar um gostinho de sofrimento, em rara falha deste monumento � tranquilidade chamado Jailson.
S� um improv�vel acidente evitar� que o Palmeiras acrescente mais um t�tulo � sua cole��o.
Improv�vel porque, bem ou mal, o time passa seguran�a permanentemente.
CHEIRO DE QUEIMADO
Se a rodada foi �tima para o Verd�o e p�ssima para Mengo e Galo, o S�o Paulo que se precate hoje contra o Fluminense, no Giulite Coutinho.
Uma derrota e o terror bater�, definitivamente, � sua porta.
ILEGALIDADE JUSTA
"Provas judiciais colhidas de forma ilegal, segundo a melhor doutrina do Direito, devem ser peremptoriamente exclu�das do processo.
A raz�o para n�o tolerarmos provas ilegais na vida real n�o se aplica ao esporte bret�o.
Trata-se de uma prote��o conferida ao indiv�duo para proteg�-lo do poder do Estado.
Recusamos a busca sem mandado para preservar a privacidade do cidad�o.
Abominamos a confiss�o sob tortura para garantir-lhe a integridade f�sica.
Obviamente, um jogador que se exibe diante de um p�blico de dezenas de milhares de pessoas (sem contar a TV) n�o pode legitimamente invocar o direito de privacidade.
Por mais que tente, n�o consigo ver, no contexto do futebol, nenhum interesse que possa competir com o de apurar o que de fato ocorreu na jogada".
A argumenta��o � do vizinho da p�gina 2, H�lio Schwartsman, brilhantemente exposta por ocasi�o do famoso gol de m�o de Barcos, para o Palmeiras, contra o Inter, em 2012, validado at� que algu�m de fora do campo alertou a arbitragem para o tamanho do erro que estava cometendo.
� �poca, aqui, escrevi uma coluna sob o t�tulo "Justamente ilegal".
N�o foi nem a primeira vez, diga-se, para ficar apenas na expuls�o de Zidane por dar uma cabe�ada em Materazzi na final da Copa de 2006, agress�o n�o vista pela arbitragem, mas acusada fora do gramado.
Que aconteceu o mesmo no Fla-Flu � t�o �bvio que n�o se pode admitir.
Mas, como ensina Schwartsman, "a raz�o para n�o tolerarmos provas ilegais na vida real n�o se aplica ao esporte bret�o".
E segue o jogo.
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