� arquiteto graduado pela USP.
Design urbano med�ocre
A entrega do novo Largo da Batata (zona oeste de S�o Paulo), na semana passada, foi motivo de decep��o, ap�s 11 anos de obras e custo superior a R$ 150 milh�es.
Resultou em um espa�o sem qualifica��o, sem bancos, sem �reas de sombra e sem paisagismo. � mais um exemplo de obra p�blica com design urbano imprest�vel.
Um grupo de pessoas tem se organizado nas redes sociais para "ocupar o Largo" (para ver a programa��o, procure no Facebook "A Batata precisa de voc�").
A ideia do movimento � criar mobili�rio e eventos, de modo colaborativo, como cursos de horta urbana, croch�, cinema e dan�a.
Somos carentes de espa�os p�blicos e � fundamental que iniciativas como essas aconte�am. � preciso ocupar a nossa cidade.
Aceitar qualquer porcaria, de cabe�a baixa, no entanto, estimula o governo a continuar desenvolvendo obras p�blicas gen�ricas, sem criatividade e sem desenho.
Estamos perdendo as poucas chances de criar uma identidade urbana contempor�nea, interessante e rica em design. O espa�o p�blico deve elevar a nossa autoestima como cidad�o, estimulando seu uso e criando �reas mais seguras.
N�o somos irrelevantes na hist�ria da arquitetura. Ent�o, por que os espa�os de nossas cidades atuais apresentam projetos t�o simplistas?
O novo largo da Batata poderia estar em qualquer lugar. Ele � apenas mais um projeto "qualquer coisa". Temos outros exemplos recentes de design urbano e arquitetura igualmente med�ocres, como as novas esta��es de metr� e a pra�a Roosevelt. Estamos sendo tratados como idiotas.
Onde est� a subprefeitura de Pinheiros, respons�vel pela administra��o, para avaliar a p�ssima qualidade do que foi feito no Largo da Batata? E onde est� o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) e o CAU-SP (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de S�o Paulo)? Para que servem essas institui��es mesmo?
O Largo � uma obra de interesse da iniciativa privada, dos comerciantes da regi�o e de toda a popula��o. Mas onde est�o todos? Passivos, n�o reivindicamos e n�o reclamamos quando o poder p�blico n�o cumpre o que prometeu.
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