� arquiteto graduado pela USP.
Li��es da semana do m�vel em Mil�o
Desde 1961, o Sal�o do M�vel de Mil�o, o mais tradicional festival de design do mundo, atrai milhares de profissionais, curadores, empres�rios e estudantes.
Nele, s�o lan�ados produtos, faz-se pesquisa, neg�cio e muita festa. Temos diversas li��es a aprender com este evento.
Taissa Buescu, diretora de reda��o da revista Casa Vogue, destaca o car�ter democr�tico da feira, "uma vez que todas as cria��es s�o apresentadas ao vivo e, na maioria das vezes, pelo pr�prio designer ou fabricante, a qualquer interessado".
De fato, o design fica mais pr�ximo, j� que qualquer um pode se informar diretamente com o criador sobre os processos envolvidos por tr�s dos lan�amentos.
O idealizador e CEO da S�o Paulo Design Weekend, Lauro de Andrade Filho, conta que festivais urbanos como esse "s�o mais do que momentos de celebra��o do design, mas grandes plataformas de exerc�cio de cidadania e desenvolvimento econ�mico e social".
Quando se unem, numa enorme experi�ncia coletiva, profissionais, acad�micos, empres�rios e ONGs, discutem (acima de tudo) solu��es. � um exerc�cio de reflex�o sobre o futuro do habitar.
Para Maur�cio Lamosa, fundador do Estudiobola, escrit�rio de design de produtos de S�o Paulo, um dos fatores respons�veis pelo atraso da ind�stria criativa brasileira � a falta de ferrovias que interliguem pontos estrat�gicos, facilitando a circula��o dos produtos e pessoas. Na It�lia o sistema de trens � um dos mais bem servidos da Europa.
Este ano, eu expus trabalhos em Mil�o e, depois de falar com muita gente da �rea, destaco tr�s coment�rios que se repetem sobre n�s:
1. Somos vistos como profissionais criativos e abertos ao novo;
2. Estamos estagnados num pa�s burocr�tico, caro e atolados em altos impostos que dificultam o desenvolvimento da ind�stria do design;
3. � quase imposs�vel fazer neg�cios com o Brasil.
Daqui fica claro que estamos batalhando para conquistar nosso espa�o. Mas ainda faltam pol�ticas p�blicas que elevem o design brasileiro a um novo patamar, para sermos vistos al�m de nossa criatividade, apenas.
Livraria da Folha
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