Eremildo, o idiota
Como nunca trabalhou, Eremildo é um dos 13 milhões de desempregados. Ele vai a Brasília propor a criação da figura do inativo expatriado.
Por cretino, ele acredita que se um procurador da força-tarefa da Operação Zelotes pode viver nos Estados Unidos e se o subprefeito da Barra da Tijuca podia ficar no cargo enquanto administrava sua padaria em Miami, ele poderia ter a ajuda do governo como desempregado em Las Vegas.
Velha política
Desde que votou a favor da reforma da Previdência, a jovem deputada Tabata Amaral virou vidraça.
Uma pedra acertou-a, pois soube-se que recursos de sua campanha foram destinados à remuneração de serviços prestados por seu namorado.
A conta foi de R$ 23 mil e ele efetivamente trabalhou. Não é muito dinheiro e o rapaz era qualificado. Quando o fato foi revelado a assessoria de Tabata deu explicações burocráticas e ela se encastelou na surrada recusa a comentar o assunto. Quatro dias depois, explicou-se, com argumentos razoáveis.
Não há coisa mais pretensiosa da velha política do que o “sem comentários”. Tomara que ela tenha aprendido.
Conselho precioso
Quando estava aberta a janela para repatriação de depósitos que estavam no exterior, um magano procurou um advogado para se aconselhar.
— Quanto o senhor tem no Brasil?
— R$ 10 milhões, disse o magano.
— E na Suíça?
— US$ 100 milhões.
— Então embarque para a Suíça e fique por lá.
Ele embarcou. Foi o conselho mais curto e valioso saído de uma banca de advocacia.
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