Ph.D em Business, doutorado em administra��o, mestrado e bacharelado em economia. � professor na Escola de Administra��o de Empresas de S�o Paulo da FGV.
Mundo Econ�mico
PANORAMA MUNDO
As Bolsas americanas come�aram a semana com uma alta discreta, impulsionadas pelas expectativas de um acordo da Gr�cia com os credores. O �ndice S&P 500 atingiu 2.104 pontos e o Dow Jones, 17.615 pontos. Os mercados tamb�m refletiram otimismo com o an�ncio da aquisi��o da Precision Castparts pela Berkshire, aquisi��o engendrada pelo megainvestidor Warren Buffett pelo valor de US$ 37,2 bilh�es.
A economia americana se encontra em um momento singular. As taxas de crescimento se mant�m abaixo do previsto, mas indicadores de emprego e cr�dito indicam que a recupera��o ser� duradoura. O principal indicador de desemprego se manteve pr�ximo aos 5% por tr�s meses consecutivos, com a adi��o de novos 215 mil postos de trabalho em julho.
Segundo o Federal Reserve (Fed, banco central americano), o cr�dito ao consumidor em junho deste ano atingiu o patamar de US$ 20 bilh�es, crescimento em rela��o aos meses anteriores e acima da expectativa de US$ 17 bilh�es anunciada pelo The Wall Street Journal.
O mercado de a��es na Europa tem seguido a tend�ncia de alta dos EUA. O an�ncio de um poss�vel resgate a Gr�cia, negociado no �ltimo fim de semana, recoloca em pauta as possibilidades de crescimento para a economia da uni�o europ�ia quando este desequil�brio pernicioso estiver sob controle.
Com isso, o �ndice Stoxx 600 teve aumento de 0,69%, o FTSE de 0,26% e o �ndice alem�o DAX subiu 0,99%. Al�m disso, as a��es da seguradora Allianz subiram 2,6% ap�s a eleva��o das expectativas de sua aquisi��o na concorr�ncia entre o BNP Paribas, Berenberg e JP Morgan.
Na Europa, a Alemanha continua em destaque, com as taxas de desemprego mais baixas das �ltimas d�cadas, um aumento nas encomendas para exporta��o de 4,8% e uma eleva��o robusta da demanda por bens de capital fora da zona do euro. A Airbus, por exemplo, recebeu em junho 135 encomendas de aeronaves, superando em muito as 18 aeronaves de maio.
A Bolsa de Pequim come�a a semana subindo 4,9%, em um movimento persistente de volatilidade. Investidores internacionais esperam medidas do governo chin�s para estabilizar os mercados, pois a incerteza tem enfraquecido potenciais investimentos nas empresas do pa�s.
O pre�o ao produtor chin�s atingiu o menor patamar em seis anos, paralelamente a uma press�o deflacion�ria e a um avan�o de 1,6% do custo ao produtor no m�s de julho.
O aumento nos custos pode ser atribu�do em parte a uma infla��o salarial nos �ltimos meses e ao aumento do volume de processos contra multinacionais no pa�s. A redu��o de receitas tem estado atrelada a uma diminui��o de demanda dos mercados internacionais e ao acirramento da concorr�ncia interna que tem conduzido os pre�os para baixo.
Para a semana s�o aguardados o �ndice de vendas do varejo nos EUA, o �ndice ZEW de percep��o econ�mica na Alemanha e o indicador de produ��o industrial na China.
PANORAMA BRASIL
A redu��o da temperatura no cen�rio pol�tico nacional tem conduzido o d�lar a patamares mais baixos em rela��o ao real. A moeda come�ou a semana com queda de 1,85%, fechando a R$ 3,44 na venda � vista.
Al�m de quest�es dom�sticas, o d�lar perdeu for�a para o euro e est� com o pre�o amarrado pela redu��o da demanda de investidores. Segundo corretoras do mercado de c�mbio, existe uma descren�a no aumento do juro americano em setembro e uma esperan�a de liquidez que n�o deve valorizar a moeda.
O banco Ita� novamente revisou para baixo diversas proje��es de indicadores macroecon�micos para este e para o pr�ximo ano. A expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2015 passou da retra��o de 2,2% para 2,3% enquanto a queda de 2016 aprofundou-se de 0,2% para 1%. J� a estimativa da taxa de desemprego estimada para 2015 ficou em 8%, enquanto a proje��o para 2016 foi elevada de 9% para 9,3%.
Essa piora no cen�rio econ�mico atual e futuro est� acelerando a deteriora��o das micro e pequenas ind�strias de S�o Paulo. Segundo uma pesquisa do Datafolha, entre junho e julho a propor��o de empresas que correm risco iminente de fechamento (em at� 90 dias) dobrou de 13% para 26%. O percentual equivale a aproximadamente 75 mil empresas e � o pior resultado da s�rie iniciada em 2013.
Al�m disso, a mesma pesquisa ainda apontou que o �ndice medidor da satisfa��o dos empres�rios baixou de 96 para 84 pontos entre junho e julho. Nesse �ndice, n�meros abaixo de 100 pontos representam um quadro de pessimismo dos empres�rios com rela��o ao ambiente econ�mico atual e futuro.
Na semana ser�o divulgados o �ndice de vendas do varejo mensal e o fluxo de moeda estrangeira.
Post em parceria com Douglas Moreira de Gouvea, graduando em administra��o de empresas pela Funda��o Getulio Vargas e consultor pela Consultoria Junior de Economia
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