Pedalar e morrer em S�o Paulo

"A chuva aperta, gotas oleosas de �gua marrom da cidade, e X pedala em p�, com a cabe�a abaixada, de modo que s� tem uma vaga percep��o de um borr�o de movimento, vindo da viela � esquerda. A sensa��o � menos de voar pelos ares do que de ser erguido e arremessado, e quando finalmente para perto do meio-fio, o rosto contra o asfalto �mido, seu primeiro instinto � procurar pela bicicleta, que de algum modo sumiu de debaixo de seu corpo. (...) Ent�o X morre, e tudo o que pensou ou sentiu desaparece, e se vai para sempre."

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