Rato volta a andar com tratamento desenvolvido por pesquisadores de Curitiba
Uma nova t�cnica, que combina terapia com c�lulas-tronco e exerc�cios f�sicos intensos, conseguiu recuperar os movimentos de ratos parapl�gicos.
Desenvolvido por pesquisadores brasileiros, o m�todo fez com que ratos com baix�ssima capacidade motora conseguissem voltar a andar, ainda que "mancando".
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Em uma escala que vai de zero (animais totalmente paralisados) a 21 (mobilidade excelente), alguns bichos foram do n�vel dois para o n�vel 17 em um m�s e meio.
Os cientistas provocaram, em laborat�rio, les�es por trauma nos ratos, simulando as que acontecem na maioria dos acidentes de tr�nsito.
As cobaias tratadas foram divididas em dois grupos. Um come�ou a receber a terapia 48 horas ap�s a les�o. O outro as recebeu 14 dias depois do trauma na coluna.
Eles receberam um preparado de c�lulas-tronco retiradas da pr�pria medula �ssea. Esse material foi injetado no local dos ferimentos.
Uma vez no organismo, as c�lulas-tronco se transformaram em c�lulas neurais e ajudaram a regenerar as regi�es afetadas.
"Por serem aut�logas [retiradas do pr�prio animal], n�o h� risco de rejei��o", disse a criadora do m�todo, Katherine Athayde de Carvalho, do Hospital Pequeno Pr�ncipe, em Curitiba.
"A t�cnica j� mostrou que essas c�lulas n�o saem de controle e n�o se diferenciam em outros tecidos, o que � um problema em outros tratamentos", completou.
Segundo a pesquisa, n�o houve diferen�a no resultado final entre os dois grupos. "Isso mostra que � poss�vel recuperar os movimentos mesmo ap�s a estabiliza��o da les�o", disse Carvalho.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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SARADOS
Paralelamente, os ratos tamb�m foram submetidos a um trabalho de condicionamento muscular intenso, com exerc�cios na piscina.
Como na fisioterapia, nessa modalidade os exerc�cios n�o s�o apenas passivos, mas tamb�m podem ser ativos e de alto impacto f�sico.
Segundo Ricardo da Cunha, doutorando em educa��o f�sica que desenvolveu as s�ries, essas atividades "foram fundamentais para a alta taxa de recupera��o" dos bichos.
Os animais fizeram seis sess�es semanais na piscina, com uma hora de dura��o cada, durante seis semanas.
Quase todos conseguiram recuperar parte dos movimentos das patas traseiras.
Os testes j� realizados comprovam a seguran�a do m�todo. Agora, os pesquisadores se preparam para pedir autoriza��o ao Conep (Comiss�o Nacional de �tica em Pesquisa), para realizar testes em humanos.
"Deve acontecer a curt�ssimo prazo", disse Carvalho.
Na Turquia, cientistas usando o mesmo protocolo j� testam em fase preliminar a terapia com c�lulas-tronco criada pela brasileira.
Embora a quantidade de volunt�rios tratados ainda seja muito pequena para resultados conclusivos, tr�s dos quatro pacientes turcos conseguiram recuperar parcialmente os movimentos dos membros inferiores.
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