Pelas ruas de favelas e periferias do brasil, é comum ver pessoas vestindo camisetas e bermudas dos times da NBA, como Chicago Bulls e Los Angeles Lakers. Essas peças, soltas ao corpo, transcendem sua função original de mobilidade nas quadras para se tornarem símbolos de pertencimento, identidade cultural e racial.
O rapper carioca Luccas Carlos, exemplifica que essa essa conexão veio na adolescência, na época ele se inspirava no estilo dos jogadores de basquete: tatuagens, cabelo com tranças para trás. "Quando eu fizer 18 anos vou ficar igual a esse cara aí", ele recorda. O sonho de Luccas era compartilhado por muitos jovens que, desde os anos 90, viam no basquete uma forma de expressão. A transmissão dos jogos pela TV Bandeirantes ajudou a impulsionar essa cultura no Brasil.
O acesso ao basquete vinha de diversas formas. "Meu pai me deu uma fita VHS com 'aprenda a jogar basquete' e aprendi muita coisa com ela", comenta Luccas. Esse interesse pelo esporte não só influenciou sua vida pessoal, mas também sua música. No Brasil, hip hop e basquete têm uma relação simbiótica. Febem, outro rapper e fã do esporte, destaca como jogadores profissionais hoje marcam músicas de artistas do rap, evidenciando essa conexão cultural crescente.
Nesse clima de jogo, em junho deste ano, a Rider lançou a nova coleção de slides SLX junto com NBA, renovando a parceria com a liga. Com a premissa "Ouse voar alto", a campanha foi produzida junto ao rapper Luccas Carlos e convidados de sua crew, Febem, Peroli e Sain.
A música, o esporte e a moda se entrelaçam. Marcas recriam o estilo de vida do basquete, convidando artistas para estrelarem campanhas, expandindo referências culturais e fortalecendo uma tendência que ganha cada vez mais força no país. A disciplina e a resiliência do esporte, encapsuladas no lema "higher jump, voar mais alto", permeiam a estética e a mentalidade dos jovens nas periferias.
"No lifestyle, nada melhor que um shorts de time de basquete para um show", define Luccas Carlos, ressaltando a praticidade e o simbolismo dessa peça de roupa. Assim, o basquete se consolida não apenas como um esporte, mas como um potente símbolo de identidade e resistência cultural na periferia brasileira.
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