Durante audiência no Senado nesta quinta-feira (27), o senador Eduardo Girão (NOVO - CE) tentou entregar ao ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida uma réplica de plástico de um feto de 12 semanas. Almeida se negou a receber e disse que o gesto é uma performance inaceitável. "Com todo respeito, é uma exploração inaceitável de um problema muito sério que nós temos no país".
No Twitter, o nome do ministro está no topo dos trending topics, seguido por Girão. A repercussão do episódio também pode ser acompanhada nas hashtags
O ministro também ressaltou que será pai de uma menina e dedicou a ela a recusa. "Respeitando o seu cargo, eu não vou aceitar, eu sou um homem sério e acredito que o senhor também seja", disse.
O feto de borracha é um artifício utilizado por conservadores para questionar a legalização do aborto. Segundo a legislação brasileira, o procedimento é permitido até a 12ª semana de gestação em casos específicos, como risco de morte à gestante, gravidez fruto de estupro ou anencefalia.
Nas redes sociais, apoiadores elogiaram atitude do ministro. "Silvio Almeida e Flávio Dino estão dando um curso intensivo sobre como tratar a escória fascista que ocupa parte do parlamento brasileiro", tuitou um perfil.
Acabou "a era das palhaçadas"
"Um homem tosco como Girão querendo crescer pra cima de Silvio Almeida que é uma elite de conhecimento foi esmagado sem dó", escreveu um usuário.
"Escárnio".
Publicações questionam caráter do senador Eduardo Girão e dizem que ele passou vergonha.
"É o Ronaldinho".
"Velho conhecido".
"Foi fazer VT".
Perfis de opositores do governo criticaram a paternidade do ministro.
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