Um vídeo do presidente da república Jair Bolsonaro (PL) comendo com as mãos um frango assado com farofa tomou as linhas do tempo de redes sociais neste domingo (30). O vídeo foi publicado por Fábio Faria, ministro das Comunicações, e gravado em meio a passeio do presidente com seu filho Carlos.
A prática não é incomum. Em época de campanha eleitoral é corriqueiro ver candidatos se alimentando como "o povo": comendo pastel de feira, frango assado, coxinha, tomando garapa e pingado para tentar se aproximar do eleitorado.
Mas o vídeo de Bolsonaro não foi bem digerido pelo público. A repercussão imediata foi apontar a bagunça que o presidente faz ao comer. A expressão "Bolsonaro porco" ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.
Outros usuários apontaram o vídeo como estratégia para desviar atenção dos gastos do cartão corporativo do presidente. Segundo o Jornal O Globo, Jair Bolsonaro gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos até dezembro do ano passado. Com um ano e meio de mandato pela frente, já supera os gastos do cartão na gestão de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), entre 2015 e 2018.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, apagou a publicação com o vídeo. Ao UOL, minimizou o fato e disse que o vídeo foi retirado do ar porque sua equipe publicou sem sua autorização. "Não foi jogada política, não fui eu que fiz o vídeo, até porque eu estava em Natal. E também não deletei porque teve repercussão negativa, apenas porque não passou por mim e porque foge dos posts de entregas e realizações que são postados sem minha autorização prévia", disse à coluna de Carla Araújo.
O vídeo teria sido feito por Carlos Bolsonaro (Republicanos - RJ), responsável pela estratégia digital do presidente Jair Bolsonaro.
Apesar da repercussão negativa, alguns apoiadores se sentiram representados pelo vídeo.
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