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Para pastor, privar jovens da universidade enfraquece ética cristã

Roberto Oliveira afirma que todo cristão deve glorificar a Deus através do seu trabalho e carreira

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São Paulo

Em muitos versículos, a Bíblia instrui homens e mulheres a buscarem a sabedoria. Há, inclusive, muitos relatos de personagens com conhecimentos em áreas como administração, agricultura, ciência, leis, matemática e linguística.

Apesar disso, não é raro escutarmos alguns crentes condenarem a ida para a universidade, como se o local fosse "contaminado" e prejudicial para um filho de Deus.

"A insegurança que muitos pais têm ao ver seus filhos indo para a universidade vem da falta de convicção, por não terem firmado seus filhos no Evangelho", diz o teólogo e pastor sênior do Mevam Itajaí (SC), Roberto Oliveira.

Foto colorida do pastor Roberto Oliveira pregando no Mevam. Ele é branco, careca, usa barba escura e veste camisa social azulada de manga comprida. Esté sorrindo, segurando o microfone. Ao fundo, à sua esquerda, há um tecladista de pele morena e cabelo escuro
Para pastor, falta de convicção gera medo em pais evangélicos

"Deus formou cada ser humano com capacidades intelectuais, habilidades e talentos que devem ser desenvolvidos em seu máximo potencial. Se privarmos os jovens genuinamente cristãos de entrarem nas Universidades, a ética cristã perderá cada vez mais sua força de atuação na sociedade –que tanto carece de valores que promovam a justiça, vida, paz e a prosperidade em todas as áreas", afirma.

Ele explica que as Escrituras Sagradas trazem dois mandatos: o missionário e o cultural. O primeiro, diz que todo cristão é chamado por Deus para ser missionário e pregar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo. O segundo, que todo cristão deve glorificar a Deus através do seu trabalho e carreira.

Ele cita o pastor e evangelista Billy Graham (1918-2018), que dizia que o verdadeiro filho de Deus "é a Bíblia que o mundo lê" ou o "sermão que o mundo presta atenção".

"Esse medo do conhecimento não é bíblico", afirma o teólogo Jônathas Sant'Ana Luz. "Medo não combina com o amor de Deus por nós. É impossível cumprir a lei com base no medo", pontua o influenciador conhecido nas redes sociais como Teolonerd.

Luz cita a influência egípcia na escrita de Moisés e de Salomão, a literatura greco-romana encontrada nos textos de Paulo e até a parábola multicultural do Rico e do Lázaro contada por Jesus, com influência tanto egípcia quanto grega, para exemplificar a ampliação cultural estimulada por Deus.

Ele faz uma provocação: "Você realmente acha que é a faculdade que afasta seu membro de Deus? Ou ele se afasta porque a teologia não sobrevive ao senso crítico que a gente adquire com acesso à educação?"

Para o cristão que ingressa nos estudos, o pastor Roberto Oliveira recomenda manter uma disciplina de meditação na Bíblia e oração em um tempo devocional diário e inegociável.

Já para os pais, ele orienta "confiar na semente da Palavra de Deus plantada no filho, manter um diálogo aberto, além de orar com ele e por ele sempre".

evangelicos@grupofolha.com.br

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