O inquérito das joias, que levou a Polícia Federal a indiciar Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 pessoas na última semana, indica que o ex-presidente recebeu dinheiro em espécie no último dia de 2022. O documento inclui menção ao genro do empresário do agronegócio que hospedou Bolsonaro nos EUA.
O documento foi enviado ao relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. Isso ocorreu porque foi apontada conexão com o inquérito das milícias digitais, também relatado por ele.
Em um dos documentos da PF tornados públicos pelo ministro, o empresário Paulo Junqueira é citado, bem como o genro dele, Samuel Solitto.
À época, Bolsonaro ainda era presidente da República. A citação ao empresário é feita em conversas entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e outros ex-auxiliares do então presidente. Mauro Cid pergunta se "Samuel entregou o dinheiro? O cartão do Junqueira?".
"Desta forma, as informações coletadas até o momento e de acordo com as mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp, Samuel Solitto, genro do empresário Paulo Junqueira, teria entregado dinheiro e um cartão do empresário ao assessor especial do ex-presidente da República, Marcelo Câmara", diz a PF.
"Ainda nesse contexto, foram encontradas informações em fontes abertas e, no material analisado, que uma das casas em que o ex-presidente se hospedou nos Estados Unidos da América pertenceria ao empresário Paulo Junqueira".
A reportagem não localizou Junqueira.
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