O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorizou a visita de parlamentares ao ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques na penitenciária da Papuda, em Brasília.
Moraes, porém, proibiu que os parlamentares usem celulares em sua visita ou façam o registro de imagens.
A solicitação foi feita por 17 senadores de oposição ao ministro, como Damares Alves (Republicanos-DF), Magno Malta (PL-ES) e Rogério Marinho (PL-RN).
"Defiro o requerimento formulado pelos parlamentares, e autorizo, em caráter estritamente pessoal, não extensivo, sob nenhum pretexto ou condição, a terceiros acompanhantes, a visitação única e individual dos senadores da República (...) em data a ser previamente agendada junto à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal", disse Moraes, em sua decisão.
Silvinei foi preso em agosto do ano passado em uma operação sobre as suspeitas de interferência da corporação no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Ele foi um dos diretores mais próximos de Bolsonaro e chegou a ser convocado no dia do segundo turno, sob o risco de ter a prisão decretada, a dar explicações a Moraes sobre a atuação do órgão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Moraes presidia a corte à época.
Como revelou a Folha, naquela data a PRF ampliou turno o número de abordagens a ônibus, descumprindo uma decisão do TSE que havia proibido operações que envolvessem transporte público.
Também no dia do pleito, Silvinei pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais. Publicou uma imagem da bandeira do Brasil com as frases "Vote 22. Bolsonaro presidente". Depois apagou a postagem.
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