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O que saber antes de curtir o Carnaval com o pet

Nem todos os animais se sentem confortáveis diante de aglomeração, som alto, calor e roupinhas

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Com fantasias, acessórios ou enfeites na coleira, animais de estimação também aproveitam para brincar o Carnaval ao lado dos tutores.

Mas bloquinhos e bailinhos não são para todos os cães. Isso porque nem todos os animais se sentem confortáveis diante de muitas pessoas, com som alto, sob calor e vestindo trajes com tamanhos e texturas que não estão acostumados.

Cachorro e tutor participam do Blocão, no Rio - Sergio Moraes - 22.fev.20/Reuters

"O pet deve estar habituado a passeios e ao convívio com outros animais e pessoas, além de não ter medo de sons altos ou locais agitados", afirma Camila Canno Garcia, do Centro Veterinário Seres da Petz.

Cada pet tem sua tolerância com o uso de roupas e acessórios e, da sua maneira, vão demonstrar se estão desconfortáveis.

"O pet dá alguns sinais de que pode estar incomodado, como a posição das orelhas para trás, lamber diversas vezes o focinho, tentar se esconder e até mesmo apresentar uma respiração mais ofegante", afirma Danielle Silveira, médica veterinária do Veros Hospital Veterinário.

É imprescindível conhecer os limites do animal e não forçá-lo a situações em que ele não se sinta seguro.

Bloquinho e bailinho

Pet pode ir a bloquinho, sim. Mas alguns cuidados precisam ser todos. Primeiro, conhecer bem o animal e saber sua tolerância a aglomeração de pessoas e barulho. Ele precisa estar confortável —cuidado com fantasias— e o tutor deve oferecer água fresca com frequência e mantê-lo em segurança —na guia, identificado e afastado de solo quente para não queimar as patinhas.

As veterinárias afirmam que o ideal é levar o peludo a festas pet friendly, preparadas e com estrutura para eles, como sombra e espaço.

Calor, som alto, restos de comida

Com audição sensível, cães podem ficar incomodados com as músicas e a agitação dos foliões.

"O pet deve estar habituado a passeios e ao convívio com outros animais e pessoas, além de não ter medo de sons altos ou locais agitados", afirma Camila.

Outras recomendações são evitar sair com o pet em horários muito quentes e estar atento à temperatura do asfalto para que ele não queime os coxins —almofadinhas da pata. O ferimento é dolorido, e a região tem recuperação mais lenta.

Deixar o animal identificado e com guia reduz as chances de ele escapar e se perder. E permite ao tutor controlar mais de perto, caso o animal leve à boca restos de comida ou objetos que encontre no chão —um perigo que pode acabar com a diversão.

"Cuidado com objetos e restos de comida que podem estar espalhados pelo chão, para não acontecer uma ingestão de algo indesejado que pode fazer mal", lembra Danielle.

Fantasias

Cães e gatos podem usar fantasias, desde que se sintam confortáveis com elas. Por isso, é fundamental conhecer as limitações do seu pet.

"Alguns pets adoram, mas outros podem não estar acostumados ou simplesmente não gostar, o que pode ser um estresse para eles", afirma Camila.

Alguns animais já acostumados com o uso de roupas podem aceitar melhor um traje diferente. No caso dos gatos, porém, isso é mais complicado.

"Eles são muito sensíveis e se sentem estranhos quando vestidos", lembra Danielle. "Cada pet tem a sua tolerância com o uso de roupas e acessórios. O ideal é conhecer o seu animalzinho e manter o que já habitual em sua rotina em relação ao uso ou não de roupas", completa.

Os animais demonstram, cada um de uma maneira, quando estão desconfortáveis. Podem ficar parados, agitados tentando tirá-la, colocar as orelhas para trás, lamber diversas vezes o focinho, tentar se esconder e até mesmo apresentar uma respiração mais ofegante.

A recomendação é escolher fantasias ou adereços feitos com tecidos macios e de acordo com a estação do ano. Não devem apertar ou limitar os movimentos do animal.

Para os animais que não toleram roupas ou acessórios, uma opção é enfeitar a coleira.

Tinta, glitter e lantejoula

Se Carnaval é sinônimo de glitter e cores nos cabelos e na pele, isso não vale para os pets.

Isso porque tintas e glitters que não fazem mal para nós podem levar a quadros de alergia nos peludos. Além disso, há o risco de eles lamberem o pelo, ingerirem essas substâncias e sofrerem intoxicação.

Há risco mesmo no caso de tintas próprias para os animais. "É preciso muita atenção, pois cada pet tem a sua individualidade", afirma Camila.

Ela ressalta que lantejoulas também devem ser evitadas, já que podem apresentar risco à saúde se ingeridas.

Saúde e segurança

Algumas dicas de saúde e segurança para assegurar a diversão de toda a família:

  • As condições do pet, como idade e saúde, devem ser levadas em conta antes de ir a festas ou locais com concentração de pessoas ou outros animais;
  • O animal deve estar vacinado, vermifugado, com proteção contra pulgas e carrapato para evitar contrair ou disseminar doenças;
  • Durante a diversão, o animal deve ser mantido em locais com sombra e arejados;
  • Por causa da audição sensível, especialistas orientam manter distância razoável de alto-falantes e caixas de som;
  • O tutor deve evitar horários mais quentes para evitar hipertermia ou queimaduras nas patinhas e oferecer constantemente água fresca ao pet;
  • O tutor não deve forçar a permanência do animal no local se ele se mostrar com medo ou desconfortável;
  • Ao perceber sinal de cansaço, é hora de levar o pet de volta para casa;
  • O animal deve ser mantido na guia e estar sempre identificado —assim, caso se perca, será mais fácil voltar para casa.

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