Manifestantes contrários a governo pró-UE são barrados pela polícia em Moldova
Ex-república soviética teme ser engolida por guerra iniciada por Putin na Ucrânia
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A polícia de Moldova impediu milhares de manifestantes de se aproximarem dos prédios do governo neste domingo (12), após autoridades acusarem a Rússia de tentar desestabilizar o governo da presidente Maia Sandu, pró-União Europeia.
Localizada entre a Ucrânia e a Romênia, a ex-república soviética teme ser engolida pelo conflito iniciado no país vizinho há um ano, quando as tropas do presidente Vladimir Putin invadiram a Ucrânia.
Desde o início da guerra, mísseis tem caído perto da região de fronteira entre da Moldova com a Ucrânia. Há ainda cerca de 1.500 soldados russos estacionados em uma estreita faixa de terra ao longo da fronteira, conhecida como Trandsnístria, desde os anos 1990.
Neste domingo, 4.500 manifestantes se reuniram na capital, Chisinau, para criticar o aumento de preços no país. Sob a justificativa de impedir tumultos, a polícia usou unidades de ônibus para montar bloqueios nas ruas e impedir que eles se aproximassem dos prédios da administração. Ao menos 54 pessoas foram detidas.
"Por que é que os parceiros ocidentais de Moldova apoiam Maia Sandu, mas fecham os olhos quando as pessoas são mantidas afastadas do governo para expressar suas necessidades?", questionou a política da oposição Marina Tauber em discurso durante o protesto. "Vocês veem isso em algum outro país europeu?"
O chefe do gabinete da Presidência, Andrei Spinu, afirmou que a ação da oposição "não é um protesto". "Isto é apenas mais uma tentativa da Rússia de desestabilizar a situação em Moldova", disse.
Sandu foi eleita em 2020 com a promessa de combater a corrupção. Em meados do ano passado, o país apresentou um pedido de adesão à União Europeia, logo após a Ucrânia fazer o mesmo.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters