Papa Francisco chora ao falar da Ucrânia 'martirizada pela guerra'; veja vídeo
Pontífice volta a pedir a paz no Leste Europeu em cerimônia aberta no centro de Roma
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O papa Francisco chorou nesta quinta-feira (8) ao falar da guerra no Leste Europeu e mencionar o sofrimento dos ucranianos, definindo o país invadido pela Rússia de martirizado.
O pontífice tratou do tema em oração no centro de Roma, por ocasião da tradicional cerimônia de homenagem à Virgem Maria na festa da Imaculada Conceição. Francisco visitou a praça da Espanha e rezou diante do monumento à Virgem.
A voz do papa começou a ficar trêmula quando ele mencionou os ucranianos, parando em seguida por 30 segundos. Quando retomou a oração, a voz estava embargada. "Virgem Imaculada, hoje gostaria de lhe trazer o agradecimento do povo ucraniano...", disse ele, antes de interromper a leitura, emocionado.
A multidão que acompanhava a missa —incluindo o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, que estava ao lado do papa— aplaudiu ao perceber que ele tinha o corpo trêmulo, não conseguia falar e estava chorando.
Em seguida, Francisco retomou a fala, apoiando-se no braço da cadeira e permanecendo de pé. "...O agradecimento do povo ucraniano pela paz que há muito tempo pedimos ao Senhor. Em vez disso, devo mais uma vez apresentar a súplica das crianças, dos idosos, dos pais e das mães, dos jovens daquela terra martirizada", continuou, com a voz embargada. "Olhando para ti, que és sem pecado, podemos continuar a acreditar e esperar que o amor vença o ódio, que a verdade vença a falsidade, que o perdão vença a ofensa e que a paz prevaleça sobre a guerra. Assim seja!"
Em sua oração pública do Angelus na praça São Pedro, o papa já havia evocado "o desejo universal de paz, especialmente para a martirizada Ucrânia que tanto sofre".
Desde que a Rússia invadiu o país vizinho, há quase dez meses, Francisco tem mencionado a Ucrânia em várias aparições públicas, com críticas ora veladas, ora diretas a Moscou.
Mais recentemente, porém, ele se envolveu em uma controvérsia ligada ao conflito, fazendo um comentário claramente racista acerca do comportamento das tropas de Vladimir Putin. Em entrevista à principal revista jesuíta dos EUA, America, disse que os soldados não cristãos a serviço da Rússia são mais cruéis em combate do que os aderentes da fé ortodoxa majoritária do país.
Em junho, também chegou a dizer que o Ocidente talvez tivesse culpa pela guerra.
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