Chefe da Defesa dos EUA discute cooperação militar e Maduro em tour ao Brasil
James Mattis passará por Brasília e fará discurso na Escola Superior de Guerra, no Rio
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A situação na Venezuela, a cooperação entre as forças armadas e aumento de venda de armamentos e equipamentos serão temas da visita que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, fará ao Brasil a partir desta segunda-feira (13).
Em Brasília, Mattis vai se reunir com o chanceler Aloysio Nunes, com o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, e com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante Ademir Sobrinho.
Na quarta-feira, o secretário de Defesa fará um discurso na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, e visitará o monumento nacional aos mortos da Segunda Guerra Mundial.
Desde 2015, vêm se fortalecendo as relações no setor de defesa entre os dois países.
O Brasil é finalista em uma licitação para a venda de até 150 A-29 Super Tucanos para a Força Aérea americana, no programa chamado OA-X.
A Embraer compete com a americana Textron pelo contrato para fornecer os aviões que seriam usados em missões antiterrorismo no Oriente Médio. As duas empresas estão participando de testes nos EUA.
A negociação é delicada. Em 2013, a Embraer venceu uma licitação para fornecer 20 aviões à Força Aérea americana, no valor de cerca de US$ 450 milhões (R$ 1,7 bilhão), para uso no Afeganistão.
Mas a licitação foi contestada na Justiça pela americana Hawker Beechcraft, que argumentava que dar o contrato para a empresa brasileira (que fabrica os aviões na Flórida) eliminaria empregos de americanos.
Após muita disputa jurídica, a Embraer teve a vitória na licitação confirmada, e entregou os aviões. A Textron comprou a Hawker Beechcraft em 2014.
Também de interesse brasileiro são acordos de cooperação em pesquisa e tecnologia com o setor de defesa americano.
É prioridade para o governo brasileiro avançar com o acordo de salvaguardas tecnológicas para poder alugar aos americanos a base de lançamento de foguetes em Alcântara (MA), negócio cuja receita anual pode chegar a US$ 1,5 bilhão (R$5,8 bilhões).
O governo americano deve abordar a situação na Venezuela e o potencial de desestabilização da região, a atuação das Forças Armadas brasileiras na fronteira venezuelana.
Em sua visita ao Brasil em junho, o vice-presidente americano, Mike Pence, falou ao presidente Michel Temer sobre sua preocupação com os impactos do fluxo de refugiados na região.
Em visita nesta semana à fronteira da Colômbia com a Venezuela, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, culpou Maduro pela crise venezuelana e defendeu uma ação coordenada na região contra o regime, sem falar numa intervenção.
Do Brasil, Mattis, segue para a Argentina, depois para o Chile e Colômbia, onde se reúne com integrantes do novo governo.
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