Siga a folha

Feiras e eventos vão ter redução de imposto na cidade de São Paulo

Entidade do setor obteve decisão favorável para evitar bitributação de ISS

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

As agências e produtoras de marketing promocional, atividade também conhecida como live marketing, obtiveram decisão favorável da Secretaria Municipal da Fazenda do município de São Paulo para evitar bitributação com o ISS (imposto sobre serviços).

Segundo o presidente da Ampro (Associação de Marketing Promocional), Wilson Ferreira Jr., a decisão representa uma economia de cerca de 5% para um setor de que movimenta em todo o Brasil R$ 50 bilhões por ano.

As agências de live marketing são responsáveis pela produção de eventos como congressos, feiras, shows e ações de apresentação de produtos, por exemplo.

Bienal do Livro na edição de 2018 - Leo Martins - 11.jan.18/Folhapress

A maior parte dos serviços que constam no orçamento desses projetos são contratados junto a fornecedores.

De acordo com portaria da secretaria da última sexta-feira (24), as empresas do setor irão recolher agora ISS apenas sobre o valor adicionado por elas ao projeto, que consiste em serviços próprios (como criação, planejamento e equipe de produção), e sobre a comissão em cima do serviço de terceiros.

Não será mais necessário que recolham o tributo sobre o valor da nota fiscal dos fornecedores quando este custo for repassado para o cliente final.

“Se eu vou fazer, por exemplo, uma convenção de empresa, eu tenho uma parte do trabalho que é 100% feito pela agência. E tenho uma série de fornecedores terceiros que estou contratando para esse projeto, como equipamento de áudio visual, empresa de limpeza, empresa de recepcionista. Isso pode representar 70%, 80% do valor do projeto”, afirma o presidente da Ampro.

“O fornecedor já emitiu uma fatura contra mim e está pagando ISS. Ao emitir a minha fatura, e o cliente vai pagar o ISS sobre o geral do projeto. Ele paga duas vezes. Pagava o ISS que o meu fornecedor colocou na nota e ainda pagava o ISS da minha nota [sobre o mesmo serviço]. Isso é uma distorção, uma injustiça tributária muito clara, porque incorre em bitributação.”

A partir de agora, as empresas do setor passam a gerar duas notas fiscais, uma com os serviços internos e outra apenas com o valor da comissão sobre o serviço de terceiros.

Haverá ainda uma nota espelho com as despesas dos fornecedores, só para comprovar de forma documental que aqueles valores são devidos. Esse último documento é emitido apenas a título de conferência e não tem valor fiscal.

“O resultado disso é uma economia de cerca de 5% em cada projeto, que é o que essa cumulatividade proporciona. Isso é muito representativo se você pensar em um mercado nacional de R$ 50 bilhões [por ano]. Imagine o que o cliente economiza e o que ele pode investir a mais naquele projeto, gerando mais empregos. Agora com a portaria a gente tem sacramentado o entendimento de que isso é correto”, afirma o presidente da Ampro.

Como o ISS é um imposto municipal, a decisão vale apenas para o município de São Paulo. A associação diz que pretende levar a demanda a outras prefeituras, de forma a beneficiar as mais de 2.000 agências e produtoras do setor em todo o país. Florianópolis (SC) e Salvador (BA) devem ser as próximas cidades nas quais se buscará o mesmo entendimento tributário.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas