Após articulação de Bolsonaro, policiais deverão se aposentar mais cedo
Idade mínima para agentes federais deve cair para 53 anos, se homem, e 52 anos, se mulher
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Após articulação do presidente Jair Bolsonaro, a nova versão da reforma da Previdência, que deve ser apresentada ainda nesta quarta-feira (3), deve prever regras mais suaves para policiais federais – idade mínima de 53 anos, se homem, e 52 anos, se mulher.
A mudança vale para agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal e Legislativa (com atuação no Congresso).
A proposta original, enviada pelo governo em fevereiro, criava uma idade mínima de 55 anos para homens e mulheres policiais federais, policiais rodoviários federais, policiais legislativos.
Atualmente, não há idade mínima para policiais federais se aposentarem, e sim apenas uma exigência de 30 anos de contribuição, se homem, e 25 anos, se mulher.
Como informou o Painel, o relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), teve que ceder à pressão de policiais federais, principalmente, depois que o próprio presidente Bolsonaro passou a atuar para beneficiar a categoria.
Além disso, o relatório deve aliviar na transição para policiais.
Bolsonaro chegou a ser chamado de traidor nesta terça-feira (2) por policiais que abordaram deputados dentro da Câmara e marcharam em direção ao Congresso com faixas por mudanças na reforma. "Acabou o amor; Bolsonaro traidor", gritava o grupo.
Como informou a Folha mais cedo nesta quarta, diante da pressão de parlamentares e interlocutores de instituições financeiras, a nova proposta deverá poupar fintechs, bancos de pequeno porte e corretoras, por exemplo, do aumento de tributação – a CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido).
Assim, o texto deixaria claro que a elevação da alíquota, de 15% para 20% da CSLL, valeria para bancos grandes e médios.
Segundo pessoas que participam das negociações, o novo relatório deverá também atender ao pedido de parlamentares por mudanças nas regras de aposentadoria especial de congressistas.
O texto deve abrir a possibilidade de que políticos possam sair do regime especial, ir para as regras dos trabalhadores da iniciativa privada, mas recebendo - com correção pela inflação - boa parte dos recursos que foram pagos como alíquota previdenciária durante o período no sistema dos congressistas.
Assim, os deputados que aderiram ao regime especial não precisariam cumprir a regra proposta pelo governo: 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher.
Com as concessões, a tendência é que os partidos de centro apoiem o novo texto da reforma e ajudem governistas a derrubarem a tentativa da oposição de adiar a votação.
A sessão da comissão especial para apresentação do novo relatório da reforma deve ser iniciada por volta de 19h.
O horário e até a data de votação da proposta dependerá da articulação do governo e partidos defensores da reforma.
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