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Por que bebês gostam de Van Gogh tanto quanto adultos é tema de estudo

Pesquisa sugere ligação entre as preferências estéticas por pinturas e preconceitos sensoriais na infância

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São Paulo

Desde campos de trigo amarelos e ondulados até árvores retorcidas, as paisagens de Van Gogh fascinam os amantes da arte há décadas.

'Madame Roulin e Seu Bebê', de Vincent van Gogh, 1888 - Wikimedia Commons

Agora, pesquisadores apontam que as pinturas famosas são mais cativantes também para os bebês. Isso porque algumas características já chamam a atenção do olhar menos maduro, ainda que as experiências de vida tenham impacto sobre quais pinturas preferimos.

"Parece que há uma ligação entre a resposta estética adulta e preceitos sensoriais iniciais para detalhes de contraste, luminosidade e cor" disse ao The Guardian o autor do estudo, Philip McAdams, da Universidade de Sussex, no Reino Unido.

McAdams e sua equipe mostraram dez paisagens de Van Gogh entre 40 imagens para dois grupos, um de adultos entre 18 e 43 anos e outro formado por bebês de 18 a 40 semanas. As pinturas foram apresentadas em pares, resultando em 45 combinações diferentes para cada participante.

"Se um bebê olha mais para uma imagem do que pra outra, dizemos que ele tem uma preferência visual", disse o cientista ao jornal britânico. Já os adultos foram solicitados a selecionar qual imagem consideravam mais agradável entre os pares.

Os resultados revelam que os bebês tendem a olha por mais tempo para obras de arte que os adultos classificaram como agradáveis. As espigas de milho de Van Gogh tiveram a maior preferência compartilhada.

Os pesquisadores também descobriram que bebês tendem a olhar por mais tempo para pinturas com mais variação de cor e brilho. Segundo McAdams, a teoria é de que imagens de alto contraste são mais facilmente visualizadas pelos bebês, já que sua visão é ainda um pouco embaçada.

Os pequenos também olharam por mais tempo para imagens com muitas curvas, que não receberam altas classificações por parte dos adultos. A explicação seria de que o rosto tem muitas curvas, e desde o nascimento os bebês tendem a olhar para rostos com frequência.

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