Ted Bundy revira o estômago sem mostrar muita violência explícita
Filme tem Zac Efron interpretando um serial killer insuspeito que fazia sucesso com as mulheres
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“Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal” é um filme sobre serial killer muito peculiar. Ao retratar um dos assassinos mais sanguinários da história, faz isso sem quase nenhuma cena de violência explícita. Mesmo assim, é de embrulhar o estômago.
A opção do diretor Joe Berlinger foi contar a história ancorada na figura frágil de Liz Kendall, mulher de Bundy. Além do longa de ficção, Berlinger dirigiu uma série documental para a televisão com depoimentos das pessoas reais envolvidas no caso.
Bundy era um estudante de direito nos anos 1970, um tipo que fazia sucesso com as mulheres. Para o papel, o escolhido foi Zac Efron, quase um “namoradinho da América” em sua carreira de galã que começou em filmes da Disney. O ator retribuiu a escalação com uma interpretação intensa, convincente.
Bundy passou a ser suspeito de ter matado garotas porque sua fisionomia se aproximava do retrato falado do assassino e porque dirigia um Fusca, visto nas cenas de crime. Como um de seus advogados diz, um dos carros mais populares na América da época.
Sem provas para ser condenado, o sujeito vai mudando de cidade, para sofrimento de Liz, garota honesta que cria uma filha e que se apaixona por ele depois de um encontro num bar. O sujeito é amoroso, prestativo, bonito, enfim, o príncipe encantado.
Eles se casam, mas novas suspeitas recaem sobre Bundy. As audiências nos tribunais começam, e suas viagens terminam na Flórida, onde é acusado de matar duas jovens e agredir outras três num dormitório de faculdade.
Finalmente ele vai a julgamento. Liz se afasta, Bundy seduz uma antiga namorada para apoiá-lo, e ele mesmo trata de fazer sua defesa, com os conhecimentos de direito obtidos na faculdade. Transmitido pela TV, o julgamento vai detalhando os procedimentos atrozes do assassino com suas vítimas. Bundy se torna uma celebridade nacional.
A jovem atriz britânica Lily Collins segura bem o papel de Liz, transitando da namorada apaixonada para a mulher perturbada.
Quem quase rouba o filme é John Malkovich no papel do juiz, que se afeiçoa a Bundy. Jim Parsons, o Sheldon de “Big Bang Theory”, vai bem como o promotor. Irreconhecível está Haley Joel Osment, o garoto de “O Sexto Sentido”, como o colega gordinho de Liz.
A solução final é muito boa, num filme que pode impressionar espectadores mais sensíveis, mesmo sem detalhes explícitos na tela.
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