Masp fará ano das mulheres em 2019 e terá Tarsila e Lina Bo Bardi
Museu repete fórmula com tema curatorial orientando toda programação
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Repetindo a fórmula dos últimos três anos, com um tema curatorial que dá o tom à toda programação, o Masp terá a agenda de 2019 em torno de artistas mulheres e narrativas femininas ou feministas.
Estabelecido pela equipe de curadores chefiada por Adriano Pedrosa, o tema conversa com toda a agenda de denúncias e reivindicações femininas pelo mundo, como o movimento MeToo.
Chega, no entanto, num momento em que a Pinacoteca acaba de encerrar "Mulheres Radicais", um grande recorte sobre arte feminista, e que os questionamentos sobre privilégios só crescem —é possível, por exemplo, apontar a predominância absoluta de homens brancos no conselho e na diretoria do museu.
Numa programação que enfatiza o modernismo, estão previstas exposições individuais de Tarsila do Amaral e Lina Bo Bardi, além de mostras de Djanira da Motta e Silva, Anna Bella Geiger, Leonor Antunes, Gego —esta última, uma alemã que imigrou para a Venezuela para tornar-se uma das pioneiras da arte cinética latino-americana.
Costurando narrativas, tempos e perspectivas, está prevista uma mostra coletiva internacional "Histórias das Mulheres, Histórias Feministas". A exposição será dividida entre artistas dos séculos 16 ao 19 que abordam a questão da mulher e nomes recentes que tratam do feminismo.
A iniciativa segue "Histórias da Infância" (2016), "Histórias da Sexualidade" (2017) e "Histórias Afro-Atlânticas" (2018), citada no New York Times como uma das melhores exposições do ano.
Masp em 2019
Djanira: a Memória de seu Povo
(março a maio)
Revisita as obras dos anos 1940 a 1970, em parceria
com a Casa Roberto Marinho
Tarsila Popular
(abril a julho)
Cerca de 120 trabalhos serão apresentados, com ênfase em questões sociais, políticas, raciais e de classe
Lina Bo Bardi: Habitat
(abril a julho)
Debruça-se sobre projetos de arquitetura, mobiliário e empreitadas editoriais
Histórias das Mulheres, Histórias Feministas
(agosto a novembro)
Dividida em “Histórias das Mulheres”, com obras dos séculos 16 ao 19, e “Histórias Feministas”,
com artistas do século 21
Anna Bella Geiger
(novembro a março de 2020)
Detalhes ainda não divulgados
Leonor Antunes
(dezembro a março de 2020)
Feita em parceria com o Instituto Bardi, ocupará o Masp e a Casa de Vidro
Gego
(dezembro a março de 2020)
Retrospectiva de Gertrude Goldschmidt, pioneira na abstração geométrica e na arte cinética
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