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Descrição de chapéu Tóquio 2020 atletismo

Alison dos Santos repete ritual e vai à final dos 400 m com barreiras nas Olimpíadas

Melhor de sua bateria, atleta também quebra recorde sul-americano da prova

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Tóquio

Alison dos Santos, 21, não mudou o que já deu certo. Chegou ao Estádio Olímpico animado, escutando música. Não disse qual era. Na primeira qualificatória foi “Chama o teu Vulgo Malvadão”, do MC Reizin.

Quando as câmeras o focaram antes da prova, ensaiou sambar e apontou para o nome. Repetiu o ritual e o resultado da qualificação inicial: venceu sua semifinal dos 400 m com barreiras neste domingo (1º) e se classificou para a disputa de medalha. Na final, marcada para 0h20 de terça-feira (3), o brasileiro é um dos favoritos à medalha, ao lado do norueguês Karsten Warholm e do americano Rai Benjamin.

Alison Dos Santos comemora vitória em sua bateria de classificação para a final dos 400 m com barreiras - Jewel Samad/AFP

"Os Jogos Olímpicos são a maior competição para nós, mas tentamos levar na maior leveza possível para não deixar o nervosismo ficar à flor da pele e atrapalhar um grande resultado. Tenho que manter a calma, porque treinamos muito, nos preparamos para isso”, disse o brasileiro após a semifinal.

O tempo marcado por ele neste domingo (1º), de 47s31, tornou-se o novo recorde sul-americano.

A dança, a música e a descontração do corredor fizeram com que o locutor do Estádio Olímpico de Tóquio destacasse a alegria do brasileiro antes de um momento tão decisivo. Para Alison, o gesto faz parte de uma estratégia de não criar expectativa desmedida nem ficar nervoso.

“Nesse momento, tento me manter tranquilo e descansar o máximo. Fico conversando no zap [WhatsApp] com os amigos para descontrair e não ficar tão focado na prova”, disse ele, que disputou a liderança com Abderrahman Samba até o último obstáculo, quando o qatari tropeçou e perdeu velocidade.

Com Alison, o Brasil tem chance de conquistar a primeira medalha na prova de velocidade e individual no atletismo desde 1988. Naquele ano, em Seul, Robson Caetano foi bronze nos 200 m. Depois, o país subiu ao pódio em provas de salto (Maurren Maggi em 2008 e Thiago Braz em 2016), no revezamento (4x100 m em 1996 e 2000) e na maratona (Vanderlei Cordeiro de Lima, em 2004). Alison, no entanto, reforçou em todas as entrevistas o equilíbrio da prova. Não deseja criar um peso desnecessário sobre si mesmo.

“O Brasil pode esperar uma das provas mais fortes e mais bonitas, não porque estou nela, mas porque a prova está muito forte. Vocês puderam ver hoje que o nível técnico está realmente altíssimo."

Primeiro brasileiro a correr os 400 m com barreiras abaixo dos 48 segundos, Alison foi elogiado antes dos Jogos por Rai Benjamin, o que, para o brasileiro, mostra a condição que tem de, sem pressão, chegar a um pódio que seria histórico, para ele e para o atletismo nacional.

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