Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Caminhoneiro tenta atrair apoio de motorista de app, taxista e profissional de portos para greve
Líderes da categoria dizem que não se acalmaram com congelamento do ICMS nesta sexta
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Às vésperas da paralisação que os caminhoneiros ameaçam fazer no dia 1°, o gesto feito nesta sexta (29) pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) para congelar por 90 dias o valor do ICMS sobre combustíveis não acalmou os motoristas.
Para alguns dos líderes da categoria, o que está na pauta do movimento é a mudança da política de preços da Petrobras, não o imposto estadual.
Plínio Dias, presidente do CNTRC (conselho do transporte rodoviário de cargas), disse que passou o dia em busca de novas adesões.
"Conversei com a categoria dos conteineiros, e os portos de Itajaí (SC) e Santos (SP) vão apoiar. Também estamos fazendo reuniões com motoristas de aplicativos e taxistas, que dependem do combustível para trabalhar", afirma Dias.
Para José Roberto Stringasci, presidente da ANTB (Associação Nacional do Transporte do Brasil), congelar o ICMS no patamar atual dos preços dos combustíveis é "tapar o sol com a peneira". O caminhoneiro não vê perspectiva de mudanças após o prazo de 90 dias, e diz que a categoria busca uma solução definitiva.
Marcelo da Paz, representante dos caminhoneiros de Santos (SP), também afirma que nada mudou em relação aos preparativos para as manifestações do dia 1° após a medida do Confaz.
O objetivo do congelamento é a manutenção do chamado PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final) nos níveis vigentes em 1° de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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