Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant
Frente critica tentativa de incluir diesel coprocessado no Combustível do Futuro
Deputado diz que fato de possuir conteúdo renovável não qualifica esse tipo de diesel como 'verde' ou como qualquer outro biocombustível
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A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel publicou nota em que critica a possibilidade de inclusão do diesel coprocessado —que tem conteúdo renovável— no relatório do projeto de lei do Combustível do Futuro, em tramitação no Senado.
O texto cita resolução da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) de 25 de abril para afirmar que esse tipo de diesel "não atende aos parâmetros regulatórios, ambientais e de descarbonização, que são os pilares da proposta aprovada por ampla maioria na Câmara dos Deputados."
Além disso, ressalta que a agência reguladora considera o biodiesel e o diesel verde como biocombustíveis compostos integralmente por matérias-primas renováveis e cujas produções são realizadas em biorrefinarias dedicadas, que também podem produzir outros biocombustíveis e produtos da "química verde".
"Já o diesel coprocessado é um método que consiste na inserção de uma pequena parcela de conteúdo renovável no diesel – tipicamente 5%. Ou seja, é um produto predominantemente fóssil (95%) de produção exclusiva da Petrobras, patenteado em 2005, e não havendo possibilidade de ser produzido em refinarias de outras companhias", critica a frente, presidida pelo deputado Alceu Moreira (MDB-RS).
A nota diz não haver técnicas disponíveis para determinar a proporção da componente renovável no produto final. "Logo, o fato de possuir conteúdo renovável não qualifica o diesel coprocessado como diesel verde ou como qualquer outro biocombustível", critica.
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