Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant
Aliados avaliam que silêncio de Alckmin após fala de Lula sobre aborto foi 1º teste de fidelidade
Ex-governador já disse ser contra o aborto; petista disse que deveria ser 'direito de todo mundo'
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Entre aliados de Geraldo Alckmin (PSB), a avaliação foi de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma recaída e voltou a falar para sua base tradicional em seus posicionam entos recentes sobre o aborto e sobre pressão nos deputados.
O próprio futuro vice, no entanto, manteve-se quieto, apesar de já ter externado posições críticas ao aborto no passado. O gesto foi visto como um primeiro teste de fidelidade ao petista.
Em um debate na terça-feira (5), Lula falou que o aborto deveria ser um "direito de todo mundo". "Aqui no Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque é proibido, o aborto é ilegal", afirmou, completando que quem tem dinheiro pode fazer o procedimento no exterior.
Um interlocutor de Lula afirma que não está nos planos do partido rever a lei de aborto. A crítica do ex-presidente, contextualiza, seria às tentativas de impedir os abortos previstos em lei, como aconteceu com uma criança em Pernambuco.
Em 2006, durante sabatina do jornal O Estado de S. Paulo, Alckmin disse ser "contra o aborto" e "favorável ao planejamento familiar". Na mesma campanha, durante evento em Pernambuco, disse não ver "o aborto como solução", afirmou.
"Nós já temos previstos [na lei] casos de aborto para estupro, risco de morte para a mãe. (...) A solução é evitar a gravidez indesejada", disse.
Lula também defendeu em evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), na segunda-feira (4), que a militância sindical procure deputados e seus familiares na casa deles para pressionar a favor de propostas que interessam ao setor em um eventual governo petista, a partir de 2023.
"Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília", disse. A fala gerou forte reação no Congresso.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters