Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.
Palmeiras faz tudo o que se esperava
Com 35 minutos o título paulista já estava decidido porque o Água Santa provocou
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Era tão certo como os ovos de chocolate aos domingos de Páscoa.
Na casa verde superlotada, o Palmeiras massacrou o time de Diadema para ensiná-lo a nunca mais cutucar o porco com vara curta.
Com requintes de crueldade, porque fez o 3 a 0, mais que suficiente para garantir o bicampeonato seguido e o 25º título estadual do alviverde, ainda antes do 35º minuto.
E só com jovens pratas da casa, dois gols de Gabriel Menino, 22 anos, e outro de Endrick, 16.
Como se dissesse que nem precisa de seus jogadores mais maduros para devolver a impertinência do 2 a 1 em Barueri.
Aquela coisa de que, se não sabe brincar, não desça para o playground.
Se bem que o lance mais sensacional da decisão tenha sido proporcionado por Dudu, ao deixar Thiaguinho órfão de pai e mãe com uma caneta de calcanhar que Mané Garrincha adoraria assinar e dar o segundo gol para Menino
La Paz? Quem se lembra de La Paz e o Bolívar que se prepare, telefone para Diadema e procure saber se há alguma vacina que evite outro atropelamento no jogo de volta.
No segundo tempo, sim porque a regra exige que haja a chamada, como diziam os antigos, etapa complementar, "Flaco" López ainda entrou para fazer o 4 a 0 e consolidar mais uma goleada alviverde na decisão estadual, como no ano passado, mas sobre o São Paulo.
E o Água Santa?
Entra em recesso, porque não tem mais nada a fazer em 2023.
Isto é, depois de campanha histórica, porque os estaduais não são disputados durante toda a temporada, sem os grandes, como seria o ideal, o vice-campeão desaparece até 2024.
Só por isso você lerá a nota seguinte.
SAMBA EM LIVERPOOL
A cidade dos Beatles viveu mais uma tarde inesquecível de futebol no empate por dois gols entre o líder Arsenal e o time da casa.
Dizer que o clássico foi espetacular é pouco.
Que a rara leitora e o raro leitor escolham os superlativos mais elogiosos que conheçam e ainda assim será insuficiente.
Três dos quatro gols foram marcados por jogadores brasileiros, em jogo pelo Campeonato Inglês com a participação de nada menos de sete atletas com o nosso sangue nas veias.
Gabriel Martinelli fez 1 a 0, Gabriel Jesus ampliou, ambos os gols no primeiro tempo, e Roberto Firmino empatou no fim do segundo.
Além dos dois jovens artilheiros do time londrino, e do veterano do Liverpool, o goleiro Alisson, o volante Fabinho e o meia Thiago Alcântara desfilaram seus talentos na equipe vermelha, contra o zagueiro Gabriel Magalhães.
O sentimento de orgulho pela presença de tantos nacionais é diretamente proporcional ao da pena de não poder vê-los nos gramados do Brasil, exportadores de pés de obra que somos.
O jogo teve de tudo, até tabelinha do extraordinário zagueiro holandês Virgil van Dijk com o adversário Gabriel Martinelli no primeiro gol do Arsenal e desperdício de pênalti do não menos brilhante egípcio Mohamed Salah, para não citar o bandeirinha que deu cotovelada no lateral escocês Andrew Robertson.
Tudo trocado em miúdos, o empate permitirá ao vice-líder Manchester City, em casa, no próximo dia 26 de abril, empatar em pontos com o Arsenal e superá-lo no saldo de gols, primeiro critério de desempate na Premier League, promessa de outro jogo fenomenal, e com mais um brasileiro, o goleiro Ederson, do time de Pep Guardiola.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters