A cada ano os produtores rurais est�o acostumados a ver novas tecnologias no campo. Foi assim no passado com o surgimento de m�quinas com ar-condicionado e piloto autom�tico e com os drones, que ampliaram a qualidade da agricultura.
Agora, cada vez mais, as m�quinas geram um volume gigantesco de informa��es, que esbarram na falta de conectividade no campo. � o que marcas ligadas ao agroneg�cio e telefonia querem resolver. Mas n�o s�. Ela e outras ferramentas modernas apresentadas aos agricultores na Agrishow t�m como objetivos propiciar ganhos em efici�ncia, redu��o de custos, rapidez para a tomada de decis�es e economia no uso de �gua e de m�o de obra.
A aus�ncia de conex�o telef�nica, cr�nica nas �reas rurais, dificulta a tomada r�pida de decis�es pelos fazendeiros. Vencer esse limite significa acelerar o agro.
Para tentar viabilizar a conectividade de forma aberta -rede para todos- nas regi�es agr�colas, oito empresas do setor e de telecomunica��es desenvolveram um sistema que trabalha numa faixa de frequ�ncia de 700 megahertz, liberada com o fim da TV anal�gica.
"Ela atende muito bem aos requisitos de cobertura e o tamanho de transmiss�o de dados", diz Silvio Campos, diretor de marketing de produtos da Case, uma das participantes do projeto, que tamb�m tem empresas como Jacto, Tim e Trimble. Hoje uma m�quina gera ao mesmo tempo 40 dados diferentes. "E voc� pode tomar diferentes decis�es com base em cada um deles. N�o � a primeira solu��o do tipo, mas � a primeira com solu��o [sinal] aberta", explica Campos. A estimativa � que o custo anual seja o equivalente a meio saco de soja por hectare (cerca de R$ 35).
Entre as outras novas tecnologias est�o plantadeiras dobr�veis, um sistema que se conecta �s m�quinas como pendrive para extrair dados e um equipamento que faz a an�lise dos componentes dos gr�os diretamente nas colheitadeiras.
A Massey Ferguson lan�ar� oficialmente a s�rie de plantadeiras dobr�veis (3,6 m, fechada), que eliminam a necessidade de grandes caminh�es para transporte. "N�o precisa desmontar, simplesmente fecha a plantadeira e vai embora. Ganha tempo e deslocamento", conta Eduardo Nunes, diretor de vendas da marca.
A Case ter� um trator articulado com esteiras e a Jacto, um pulverizador costal que pode se conectar via bluetooth e ser controlado por smartphone.A Bayer, com seu bra�o de agricultura digital, apresentar� um sistema que
se conecta �s m�quinas como se fosse um pendrive, que extrai informa��es para an�lise por meio de relat�rios e mapas.
J� a Agrosystem levar� um equipamento que analisa componentes dos gr�os, prote�na, �leo e umidade, instalado diretamente na colheitadeira. "Substitui a t�cnica de amostragem dos gr�os seguida de analisa laboratorial. Enquanto est� colhendo soja e milho, j� vai medindo a composi��o", explica Isadora Campedelli, coordenadora de novos neg�cios da empresa.
Uma startup israelense desenvolveu um sistema que mapeia a sa�de das �rvores e identifica as �reas comprometidas por pragas ou subnutridas. "Usamos uma abordagem tecnol�gica multissensorial em n�vel a�reo e combinamos os dados dessa intelig�ncia artificial com a intelig�ncia humana e o subsolo", diz Israel Talpaz, CEO da SeeTree.